Djurtus: FFGB MANTÉM CONFIANÇA NO MISTER BACIRO CANDÉ

O Comité Executivo da Federação de Futebol da Guiné-Bissau (FFGB) mantém total e plena “confiança” no selecionador nacional, Baciro Candé, embora reconheça que a participação dos “Djurtus” no Campeonato Africano das Nações (CAN 2021) nos Camarões fosse negativa, uma vez que o país não conseguiu alcançar o objetivo traçado que era apurar-se para os oitavos do final da competição.

A garantia foi transmitida esta sexta-feira, 04 de março de 2022, pelo presidente do organismo, Carlos Mendes Teixeira “Caíto”, em conferência de imprensa, sobre o balanço da última participação da Guiné-Bissau no CAN 2021 realizado na sede da FFGB, no alto Bandim, em Bissau, e na presença de alguns membros do órgão.

“Quero transmitir de viva voz que Baciro Candé é para continuar como selecionador nacional da Guiné-Bissau. Essa decisão foi assumida pelo presidente da FFGB e restantes membros do Comité Executivo do órgão. O selecionador nacional tem o voto de confiança e vai continuar no cargo” garantiu Carlos Mendes Teixeira “Caíto”.

Mendes Teixeira adiantou que o organismo que dirige o futebol nacional decidiu manter Candé no cargo, na sequência da nova política adotada pela FFGB que passa pela estabilidade e reconhecimento dos seus ativos valiosos. O líder federativo realçou também o trabalho feito pelo selecionador de colocar a Guiné-Bissau três vezes consecutivas na maior competição de futebol em África.

“Eu não disse que Candé não pode sair como selecionador nacional, mas não deve ser despedido da forma como algumas pessoas estão a defender, porque ele não merece sair pela porta pequena, uma vez que fez grande proeza à frente da nossa seleção” disse.

Afirmou, neste particular, que Candé é uma reserva moral do futebol nacional, porque, com ele, os guineenses concretizaram o sonho de disputar o CAN pela primeira vez na sua história em 2017 no Gabão.

O último CAN decorreu nos Camarões entre janeiro e fevereiro do ano em curso, e a seleção nacional foi eliminada na fase de grupos. Os “Djurtus” realizaram três jogos, somando um empate frente ao Sudão e duas derrotas contra o Egito e a Nigéria, igual resultado ao CAN de 2019 realizado no Egito.

Confrontado com estes dados, o presidente da FFGB lamenta o fato de a Guiné-Bissau não ter atingido o seu objetivo, mas revelou que a seleção nacional valorizou-se muito no palco internacional, nomeadamente os jogadores, dando destaque aos defesas Fali Candé e Jefferson Encada, que mudaram dos respetivos clubes, após a competição que decorreu nos Camarões.

“A imagem do país saiu muito alta do último CAN, graças ao desempenho da seleção nacional de futebol. Em termos desportivos, o desempenho foi negativo, mas em relação a imagem, visibilidade, notoriedade e valorização penso que a Guiné-Bissau alcançou vários pontos”, referiu.

Embora a instituição desportiva mantenha a confiança no selecionador nacional, vários círculos do setor desportivo nacional defendem a saída do técnico guineense, porque consideram um “fiasco” a participação da Guiné-Bissau.

Em relação ao processo administrativo ligado à participação da Guiné-Bissau no CAN 2021, Mendes Teixeira revelou que o país participou com 714 milhões de francos CFA, que lhe permitiu fazer despesas nos Camarões, onde o governo participou com 60% da verba. Teixeira revelou também que o país recebeu da Confederação Africana de Futebol (CAF), entidade que gere o futebol em África, 166 mil dólares.

Segundo explicações de Mendes Teixeira, parte desse valor já foi utilizado no recente dois jogos da seleção feminina contra o Burkina Faso no âmbito do apuramento para o CAN2022 em Marrocos.

A seleção nacional prepara-se para a fase de apuramento da próxima Taça das Nações Africanas (CAN), a realizar-se em 2023, na Costa do Marfim. Os Djurtus defrontam, em jogos amistosos, as congéneres de Angola e da Guiné Equatorial no final do mês em curso.

Por: Alison Cabral

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