Ministro das Finanças: “O GOVERNO PODERÁ DIMINUIR A PRESSÃO FISCAL SOBRE PRODUTOS DE BASE PARA MINIMIZAR EFEITOS DA CRISE”

O ministro das Finanças, João Alage Mamadu Fadia, admitiu que o governo poderá diminuir a pressão fiscal sobre os produtos de base, entre outras medidas, para conter os efeitos da pandemia e da guerra na Ucrânia no mercado interno.

Fadia respondia à questão dos jornalistas sobre medidas que o governo vai adotar para conter a subida dos preços dos bens essenciais e dos combustíveis, durante uma conferência de imprensa conjunta com uma Missão de avaliação do Fundo Monetário Internacional.

“As condições são como são e vamos ter que enfrentá-las no devido tempo com medidas apropriadas”, disse reconhecendo que o país está dependente da produção e da exportação da castanha de cajú.

O governante frisou que a pressão externa sobre a atividade do cajú é um risco que o país deverá enfrentar e superar, daí que é necessário fazer uma diversificação na produção nacional.

“O país tem potencialidades turísticas, uma das maiores indústrias do mundo. É preciso todos trabalharmos para conseguir o que queremos e diversificar a produção de arroz e começar a exportá-lo”, sublinhou, para de seguida assegurar que o governo vai analisar atentamente o relatório do Fundo Monetário Internacional para tomar as medidas necessárias.

O FMI recomendou ao país a diversificação da economia que considera ser a chave do programa de desenvolvimento, tendo alertado que a economia da Guiné-Bissau é “excessivamente” dependente da produção da castanha de cajú, o que, na opinião do chefe da missão, deixa o país altamente exposto a flutuações de preços internacionais e às condições climáticas locais.

A missão da terceira avaliação do fundo ao país iniciou no dia 05 de abril no formato virtual e no dia 12 no formato presencial, com a chegada dos técnicos do fundo em Bissau. A avaliação insere-se no âmbito do programa de referência iniciado em julho de 2021. A equipa do fundo reuniu-se, durante a avaliação, com os técnicos das Finanças, da Administração Pública, da Economia, do Tribunal de Contas e da direção do banco central – BCEAO.

Por: Filomeno Sambú

Foto: Marcelo Na Ritche 

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