O encarregado de negócios da Embaixada do Reino de Marrocos na Guiné-Bissau, Babana El Alaoui Mohamed Salah, advertiu esta quarta-feira, 25 de maio de 2022, queo terrorismo e o separatismo constituem um obstáculo, um travão ao desenvolvimento humano e económico do continente africano, afetando várias regiões.
Na sua mensagem por ocasião da celebração do dia de África, 25 de maio, Babana El Alaoui Mohamed Salah argumentou ainda que o impacto “destrutivo e mórbido” desse “casal sinistro” (separatismo e o terrorismo) já não pode ser demonstrado, mas a sua evocação durante os trabalhos da reunião ministerial da Coligação Mundial contra o Dash, realizada recentemente em Marraquexe, Marrocos, demostra que ações concretas estão a ser desenvolvidas, que é um forte sinal para a erradicação desse flagelo.
“Infelizmente, teria sido mais sensato, para alguns, contribuir para o desenvolvimento do continente, pelo menos, abstendo-se de ser uma incubadora, promotora e financiadora deste fenómeno, e construindo no crescimento e luta contra qualquer iniciativa de investimento humano e material nos diferentes processos de desenvolvimento do nosso querido continente”, criticou, afirmando que o ataque à integridade territorial dos países e à memória dos heróis libertadores do continente africano não pode de modo algum ser um jogo financiado e colocado nas mãos de “separatistas irresponsáveis e terroristas”.
“Para Marrocos, a África é muito mais do que filiação geográfica e laços históricos. Evoca, na verdade, sentimentos sinceros de afeto e consideração profundos, vínculos humanos e espirituais e relações de cooperação frutuosa e de solidariedade concreta. É, afinal, a extensão natural e a profundidade estratégica do Marrocos. Esta ligação multidimensional faz de Marrocos o coração de África e dá-lhe um lugar no coração dos marroquinos. Por isso colocamo-la no centro da política externa do nosso país”, disse, citando o Rei Mohammed VIº.
El Alaoui Mohamed Salahrevelou que, de2019 a 2020, Marrocos registou mais de 12.000 estudantes africanos de 47 países africanos inscritos nas suas universidades. Sublinhou que 85% desses estudantes são bolseiros do Reino, representando 91% do número total de bolseiros internacionais.
Lembrou também que Marrocos desenvolveuuma política de migração humana que permitiu regularizar cerca de 60.000 africanos desde 2014, tendo realçado que o Rei de Marrocos, efetuou cinquenta e duas (52) visitas reais para 30 países, e assinou mil (1 000) convenções desde 1999.
O diplomata marroquino disse que o reino de Marrocos fez da cooperação Sul-Sul um eixo fundamental da sua política externa e uma diretriz central de sua ação internacional, esforçando-se tanto unilateralmente quanto em colaboração com os países “irmãos e parceiros” para realizar programas concretos em áreas específicas, visando resultados mensuráveis em termos de crescimento e bem-estar das populações africanas no campo económico e social, cultural, ambiental e religioso.
Por: Redação
