A direção executiva da Federação de Futebol da Guiné-Bissau(FFGB) admitiu que o Estado tem gastado “muito dinheiro” e “ meios logísticos” com a realização dos jogos da seleção nacional de futebol fora do país, na sequência da interdição do Estádio 24 Setembro, pela FIFA e CAF.
A informação foi transmitida ao jornal O Democrata por um dos vice-presidentes do organismo, Mama Saliu Baldé.
Mama Saliu Baldé lamentou que o jogo da primeira ronda da eliminatória do Campeonatos Africano das Nações( CHAN 2022) da seleção nacional com a Gâmbia teve de ser disputado em Marrocos.
“O nosso desejo era que o Estádio Nacional 24 Setembro estivesse em condições, porque a interdição do recinto está a causar grandes problemas ao país. Neste momento, estamos a preparar o jogo do CHAN e não temos umEstádio para jogos treinos. A alternativa pode ser no Senegal, na Mauritânia ou em Marrocos”, disse.
Para o dirigente da FFGB, esta situação é “muito chata”, porque “ não só acarreta custos financeiros ao país, como também tem outras despesas adicionais e logísticas. É muito complicado”, frisou, manifestando o desejo de a seleção possar a jogar em casa.
Em entrevista à secção desportiva de O Democrata, na quarta-feira, 13 de julho, no final do jogo entre o Sport Bissau e Benfica e FC Cuntum, com o objetivo de abordar o início das obras da requalificação do Estádio Nacional 24 de Setembro em Bissau, único recinto com capacidade de receber jogos internacionais, Saliu Baldé disse que é “urgente começar a jogar em casa”.
Baldé realçou o esforço do executivo nos trabalhos de requalificação do recinto para receber competições internacionais e revelou que a FFGB vai honrar os compromissos que tem e participar em todas as competições da FIFA e da CAF em que a Guiné-Bissau está inserida.
Segundo a explicação do dirigente do órgão que gere o futebol nacional, já se iniciaram os contactos com as autoridades marroquinas para que o jogo entre Guiné-Bissau e Gâmbia seja realizado naquele país.
A primeira ronda será disputada em duas mãos. A primeira mão marcada para dos dias 23, 24 e 25 de Julho. Os jogosda segunda mão serão disputado entre os dias 29, 30 e 31 de Julho.
Interpelado pela repórter de OD, o diretor-geral dos Desportos, Alberto Dias, tranquilizou os guineenses, revelando que as obras de requalificação do recinto estão a evoluir “bastante no sentido positivo”, tendo assegurado que o Estádio vai receber o jogo entre a Guiné-Bissau e a Nigéria, da fase de qualificação para o Campeonato Africano das Nações (CAN’2023).

Na sequência da interdição do 24 de Setembro, uma empresa da França, “com larga experiência em construção e requalificação de estádios de Futebol e Golfe” foi contratada pelo governo da Guiné-Bissau para requalificar o relvado, o balneário e a VIP.
Por: Alison Cabral



















