Umaro Sissoco Embaló: “GUINÉ-BISSAU NÃO PODE TER ASSASSINOS NO SEIO DAS FORÇAS ARMADAS”

O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, afirmou esta quarta-feira, 16 de novembro de 2022, que a Guiné-Bissau não pode ter no seio das Forças Armadas assassinos, alertando que o militar que se enveredar por nesse caminho será expulso da classe.

Umaro Sissoco Embaló fez essa chamada de atenção esta quarta-feira, 16 de novembro de 2022, na celebração dos 58 anos da criação das Forças Armadas, tendo lamentado os acontecimentos de 01 de fevereiro no Palácio do governo, “não porque sou o Chefe de Estado, mas porque está em causa a Guiné-Bissau”.

“Pensei que matar o Presidente   João Bernardo Nino, que estava presente na criação das Forças Armadas, era o último pecado que o país cometeria. Nunca me passou pela cabeça que teríamos pessoas com a cultura de matar pessoas como aconteceu no dia 01 de fevereiro”, criticou.

O chefe de Estado afirmou que “não é possível que seja permanentemente na Marinha de Guerra Nacional de onde saem as pessoas com a cultura de violência”, tendo chamado atenção ao Chefe de Estado Maior daquela corporação para fazer limpeza das pessoas que pensam mal para a sociedade, porque “existem na marinha pessoas honestas e que sentem vergonha por dividirem a mesma instituição com pessoas que cometem violência”.

“As pessoas que nos atacaram não são melhores que nós. Isso aconteceu porque surpreenderam-nos. Se soubéssemos que nos atacariam no Palácio do Governo, agiríamos como homens para lhes mostrar quem somos. Um operacional mostra o que sabe no campo da batalha, não matar alguém que está a dormir na sua residência”, sublinhou.

Umaro Sissoco Embaló disse que a informação que dá conta que os   balantas querem matá-lo não corresponde à verdade porque, segundo avançou, para ser presidente recebeu apoio de várias pessoas da etnia balanta.

“As pessoas devem evitar usar nome de uma determinada etnia e chamar os malfeitores pelo nome próprio, neste caso, Bubo Na Tchuto e Tcham Yalá”, disse.

No seu discurso, o Ministro da Defesa Nacional e dos Combatentes da Liberdade da Pátria, Marciano Silva Barbeiro, apontou  a modernização das forças armadas, a formação de quadros e a disponibilização de meios operacionais como um dos desafios para transformar  as forças armadas numa força republicana, capaz de  garantir  a segurança e estabilidade para o exercício político democrático, livre expressão dos cidadãos e circulação de pessoas e bens, profundamente subordinada ao poder político democrático legalmente instituído.

O Chefe de Estado Maior das Forças Armadas, Biaguê Na N´tam, assegurou que sem a organização é impossível a classe castrense seguir para frente, razão pela qual exortou o chefe de Estado e o primeiro-ministro a continuarem a apoiar as forças armadas para a dignificação do Estado guineense.

“Hoje é o dia mais importante para os militares guineenses, porque é a data de criação das forças armadas”, enfatizou, para de seguida salientar que, desde que assumiu a chefia dos militares, pautou pela organização e formação dos quadros militares, porque “garanto que não haverá mais golpe de estado na Guiné-Bissau”.

Por: Aguinaldo Ampa

Foto: A.A         

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