Os nove estudantes guineenses residentes em quatro das dez cidades atingidas pelo sismo, na Turquia, estão fora de perigo, avançou ao jornal O Democrata, a Associação dos Estudantes guineenses.
Dados da Associação de Estudantes e Filhos da Guiné-Bissau na Turquia (AEF-GBT) indicam que, no universo das dez cidades atingidas pelo abalo sísmico, a Guiné-Bissau tem nove estudantes em quatro delas, nomeadamente Kahramanmaraş (4 estudantes), Mersin (1 estudante), Kayseri (3 estudantes) e Rezingam (1 estudante).
Oito continuam retidos nas respetivas cidades, apenas um dos quatro que residem em Kahramanmaraş conseguiu sair aproveitando uma boleia da comunidade gabonesa e neste momento está em Ankara, junto da associação.
Em entrevista telefónica, esta quarta-feira, 8 de fevereiro, a partir de Ankara, capital da Turquia, Emerson Baticã Ferreira confirmou que não há registo de guineenses mortos ou feridos e que a cidade que reúne o maior número dos estudantes, Karabük, com mais de 200, está fora de perigo, pelo menos é o que dizem as fontes oficiais.
Segundo Emerson Baticã Ferreira, apesar dos esforços da embaixada, do consulado geral e da associação, não têm sido fáceis as diligências para tirar os estudantes das zonas de perigo, porque as autoridades turcas não estão a permitir a circulação de viaturas privadas, apenas ambulâncias, alguns camionistas com ajuda humanitária e as equipas da Presidência de gestão de desastres e emergências.
“Neste momento a circulação está praticamente cortada, é permitido o acesso apenas a algumas zonas. Temos, por exemplo, uma enfermeira em Kahramanmaraş que não conseguiu sair, porque está a socorrer as vítimas”, precisou.
Baticã Ferreira afirmou que se estima que estejam a residir na Turquia cerca de seiscentos guineenses, a maior parte estudantes, assegurando que os que vivem em zonas de perigo têm recebido assistência do consulado geral e da embaixada da Guiné-Bissau, bem como foi aberta uma linha de contato permanente com os estudantes nas zonas do sismo.

“Desde o início do sismo, as autoridades turcas têm apelado às pessoas para não ficarem dentro das casas, a procurarem lugares mais seguros. Foram disponibilizados alguns hotéis fora da área do perigo, mas que não são suficientes para albergar todas as pessoas em aflição. Algumas agências estão a dar ajudas e a oferecer mantas, porque está a fazer muito frio e a cair muita neve”.
Emerson Baticã Ferreira confirmou ao jornal O Democrata que as autoridades nacionais, através do Ministério dos Negócios Estrangeiros, têm estado em contacto permanente com a Turquia, que já decretou sete dias de luto nacional.
Por: Filomeno Sambú/Assana Sambú

















Que Deus estejam com eles.