FRENTE SOCIAL ANUNCIA NOVA VAGA DE GREVE DE DOIS DIAS

O porta-voz da Frente Social, Yoyo João Correia, anunciou esta quarta-feira, 31 de maio de 2023, que vão paralisar de 1 a 2 de junho os setores da educação e da saúde.

O sindicalista anunciou igualmente que a Frente Social, uma iniciativa que integra os sindicatos dos profissionais da saúde e da educação, realiza amanhã, 01 de junho, uma marcha para apelar ao fim de trabalho infantil na Guiné-Bissau.

Lembrou que uma das maiores preocupações da Organização Internacional do Trabalho (OIT) é a segurança dos trabalhadores, para que o local de trabalho não constitua um perigo para o trabalhador.

“O Liceu Nacional Kwame Nkrumah é um perigo para a vida dos professores e dos alunos”, alertou e acusou o atual governo de falta de interesse em colaborar com os sindicatos para acabar com os problemas nos setores sociais e diminuir o sofrimento da população.

“As escolas privadas têm bons resultados, porque tratam os professores com respeito e dignidade e a inspeção funciona também. Por isso, muitos preferem lecionar nas escolas privadas a frequentar as escolas públicas. A mesma coisa acontece nos hospitais e centros de saúde privados”, defendeu.

Negou que tenha existido desunião no seio dos trabalhadores, contudo admitiu que é preciso restaurar a ordem e recuperar a UNTG, porque” nem a Comunidade Internacional reconheceu a direção de Laureano Pereira da Costa”. 

O porta-voz da Frente Social apelou a todos os trabalhadores a colaborarem com os sindicatos, a manterem-se unidos e a não permitirem que sejam divididos por questões políticas, religiosas e étnicas, porque “só assim podemos fazer valer os nossos direitos”.

“Essa mesma luta deve ser encarada pelos guineenses. Os guineenses devem reclamar do mau funcionamento da Administração Pública. A Guiné-Bissau é o único país do mundo onde os governantes vivem com luxos e o povo e os trabalhadores na miséria, com um salário mínimo de cinquenta mil francos CFA”, lamentou.  

No caderno reivindicativo entregue ao governos, os sindicatos reclamam, entre outros pontos, da retirada de mil profissionais de saúde colocados de forma ilegal, a não admissão de pessoal nos diferentes centros de saúde, a efetivação dos profissionais dos setores da saúde e da educação  a trabalharem mais de sete anos sem contrato formal com o Estado.

Por: Noemi Nhanguan

Author: O DEMOCRATA

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