O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, nomeou Geraldo João Martins, como o primeiro-ministro da Guiné-Bissau.
A nomeação do também um dos vice-presidentes do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde, PAIGC, vem expressa no decreto presidencial n°48/2023, lido pelo porta- voz da presidência da República, António Óscar Barbosa.
O chefe de Estado justificou a nomeação do antigo ministro das Finanças, Geraldo Martins, por a Plataforma Aliança Inclusiva- PAI TERRA RANKA ter vencido as eleições legislativas antecipadas de 4 de junho de 2023.
A coligação PAI TERRA RANKA venceu as eleições legislativas antecipadas com maioria absoluta, obtendo 54 dos 102 deputados.
Na reunião de sábado último, o Bureau Político do PAIGC escolheu por unanimidade o seu vice-presidente, Geraldo João Martins, como o nome proposto para o cargo de Primeiro-ministro. Uma proposta aceite pelos restantes quatro partidos que constituem a Coligação, designadamente, a União para a Mudança, o Partido Social Democrata, o Partido da Convergência Democrata e o Movimento Democrático Guineense.
QUEM É O NOVO PRIMEIRO-MINISTRO DO GOVERNO DA COLIGAÇÃO PAI – TERRA RANKA
Foi aluno de destaque na sua época no Liceu Nacional Kwame Nkrumah. Fez a sua primeira formação superior em Química pela Universidade Estatal da Moldávia, depois fez a pós-graduação em Londres. Fez também a licenciatura em direito na Faculdade de Direito de Bissau. É mestre em Gestão e Políticas Públicas pela Universidade de Londres (Centro de Estudos Financeiros e Gestão), em Inglaterra.
Martins era visto como tecnocrata antes de se engajar ativamente na política no partido libertador, o PAIGC. É considerado do “círculo restrito de amizade” do líder do PAIGC, com uma relação criada desde o período estudantil em Bissau (Liceu Kwame Nkrumah), fato que o levou a integrar na fileira dos libertadores durante o nono congresso e constar na lista a candidatos ao deputado como suplente em 2019.
No congresso ordinário realizado em novembro de 2022, Geraldo Martins entrou na direção do partido e assumiu a função de vice-presidente do PAIGC. Para além de encabeçar a lista dos candidatos a deputado da coligação no círculo eleitoral 27, onde o partido elegeu três mandatos, dos quatro que constituem o círculo. É também uma das vozes da campanha da Plataforma de Aliança Inclusiva – Terra Ranka, para apresentar e defender o programa junto dos eleitores.
A nível profissional foi quadro sénior do Banco Mundial, responsável pelos dossiês de desenvolvimento humano de 25 países subsarianos, entre os quais Cabo Verde, Guiné-Bissau e Senegal. De 2001 a 2003 foi ministro da Educação, Ciência e Tecnologia, como também foi-lhe entregue a pasta das Finanças nos governos do PAIGC, em 2014 (governo de Domingos Simões Pereira), 2015 (governo de Carlos Correia) e 2019 (governo de Aristides Gomes).
Martins é apaixonado pela literatura, tendo lançado duas obras literárias. Um romance intitulado “Mil Pedaços de Amor” e a outra é uma obra de reflexão sobre a política que chamou “Desilusão – Governação, Exercício Político, durante a nona legislatura”.
O Bureau Político do PAIGC escolheu por unanimidade o seu nome como para o cargo de primeiro-ministro, uma proposta aceite pelos restantes quatro partidos que constituem a Coligação.
Por: Tiago Seidi e Assana Sambú



















