Crônica: OS DE SEMPRE, DE NOVO!

Se por (in)felicidade julgarmos a Ciência, conforme o gosto do cliente, sigamos em frente; pois colheremos resultados, sejam eles positivos, sejam eles negativos. (Jorge Otinta, In: Entre gestos e intenções as Ações)

Começo, hic et nunc, por proceder à reentrância comparatva na nossa história menina. Como é sabido por todos, mais uma vez, vamos assitir ao mesmo filme, à mesma peça teatral, ouvir e/ou escutar a mesma música. Pois, tanto o realizador, quanto o diretor e o maestro são a mesmíssima pessoa, cheia de tiques chiques e traquices de esquisitices de competência.

Faz tempo que não escrevo uma crónica sequer, porém fa-lo-ei hoje, com afinco e orgasmo intectual.

  1. Os sussuros duma flor do passado recente

Fa-lo-ei demonstrando em como a borboleta de cor violeta continua violentando as nossas sãs consciências. Primeiro, deu asas de aparecer na madrugada, exibindo a beleza e o charme às outras borboletas. Deleitando-as, é claro. Estas, felizes da vida, cada uma à sua maneira, foi esbanjando seu charme num concerto de voos harmónicos qual um concerto de 9ª Sinfonia de Bethoven.

O sapo, n torontonton, que salta de charco em charco, de lago a lago, de lagoa a lagoa, de rio a rio, de mar a mar, de oceano a oceano, foi, por incrível que pareça, solidarizar-se tanto com a borboleta viole(n)ta quanto com as broboletas d’outras cores do arco-íris.

O Sapo queria fazer da Borboleta Violeta a sua presa, devorando-a. Mas ela, com a sua astúcia malandra de sempre, encontrou uma válvula de escape. Escapou-se ileso da armadilha. Assim, mandou em seu lugar, a borboleta verde, porém mui inteligente. Este plano fora urdido para confundir as outras borboletas incautas. Mas, principalmente, o sapo voador. que anda (n)às nuvens, seu abrigo.

Neste jogo de lusco-fusco, um terá que ofuscar o outro. Como, não o sei dizer; entretanto, está dada a largada para o podium n Cidade do Sol, Suor e o Verde do Mar.

2. O presente mufunadu

Diz o vulgo que se o passado é de lá de poucas garantias, o presente então, talvez seja de direitos nenhuns.

Ah, ia me esquecendo, em solo de direitos difusos, os deveres se tornam confusos. Oxalá que não seja o caso. Oxalá! Quiça, queria eu fiar…!

Estavam em campo, naquilo que seria o embate mais ferrenho neste nosso solo pátrio, quatro times sonantes do futebol da escolha nacional:

  1. A casa das borboletas;
  2. O Ataia djú;
  3. O arrozmilhojeijão e cia; e, finalmente, em cena, a nova personagem,
  4. A alça da manga.

Nesse embate, a céu aberto, porém cheio de incertezas. Afinal, o árbitro que parecia atrelado à aliança com o Engenheiro Ataia, em vez de continuar como jogador, preferiu o papel (in)cómodo de árbitro do jogo, desvinculando-se dele para prosseguir o seu trajeto rumo ao mercado futebolístico internacional.

Entretanto, antes do fecho da partida, apitou: e deu, novamente, os de sempre, para o começo da construção das mansões, dos aranha-céus, dos voos e do turismo da ecologia sexual nos navios cruzeiros pelos mares nunca dantes navegados; porém sonhados. Ou, contudo, almejados.

Parecia (talvez continue parecendo) que o feitiço passou a tomar conta de nossas vidas, a ponto de não descortinar-mos a possibilidade  de fuga.

Ora, seguindo o ditâmes da lei da vida, como o é sabido por todos nós, este concerto sinfónico não é apenas a forma que nós os guineenses encontramos para, no embalo de sempre, continuar a convivência social que nutre nossas esperanças e fé no futuro.

No entanto, mais do que isso, a nossa fé inabalável em direção ao devir-outro, ao porvir. É ainda um modus vivendi aliada ao modus faciendi para que possamos (re)construir um modus essendi que, transversalmente, traduz, ipso facto, a nossa guineidade.

3. O futuro soturno

Talvez o futuro seja risonho. ou venha a ser reconfortante. Mas, futuro é dúvida. Se, na verdade, os dois tempos anteriores, forem mal concebidos, mal projetados, e, por isso, mal executados. porque mal pensado e organizado.

Assim, estou em crer que, quando se nos é posto o desafio de escolher, às vezes, falta-nos a colher com que tomar a sopa quente.

Todavia, a sopa fria também pode preencher a lacuna da fome para quem, é claro, como eu, gosta de sopa fria. Contudo, para quem gosta de sopa quente, triste…

Assim sendo, urgente mesmo, é fechar os olhos, e tatear pelas penumbras das sombras das paredes da casa para ver, se alguém, mal-intencionado(a), por acaso, circula por ela.

(Re)visitando a metáfora do sapo e da(s) borbolet(s), diria que entre os voadores e os (as)saltantes, quem irá ganhar este jogo cínico e, para isso, colher os louros da fruta apetitosa, será àquele que tiver a melhor capacidade de inventividade.

Nisso de pacto entre a borboleta macho e a borboleta macha (porque machucada), embora ambas usam as gravatas e os ternos da Gucci, Dolce & Gabanna, Yves Saint-Laurent & Cia. O sapo de espera do Oriente – tomara que não seja marioneta – na Cala (da) da noite..

Caro leitor, d’O Democrata, que o encanto, até dos nossos defuntos e irãs que nos (a)guardam, nos protejam.

Que o misericordioso, Wdrsi Bwieck, nos abençoe a todos nós. Amém!

CABOXANGUE, 20 DE AGOSTO DE 2023.

Por: Jorge Otinta de Sá (OTHAS)

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