O Presidente do Partido Luz da Guiné-Bissau (PLGB), Lesmes Mutna Freire Monteiro afirmou que a “troca de mimos” entre o presidente da Assembleia Nacional Popular, Domingos Simões Pereira e o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, mostra que existe uma crise, mas que a sua gravidade só depende da atuação futura dos atores envolvidos.
“Se optamos por uma lógica de confrontação com o objetivo de chegar à Presidência incluindo ameaças de golpes de estado, então o Presidente da República vai também preparar e posicionar-se, então aí vamos estar numa crise”, assegurou o político
O líder do Partido Luz falava durante a conferência de imprensa realizada esta segunda-feira, 02 de outubro de 2023, sobre a situação política do país, na qual lembra que a Constituição da República não permite antes de doze meses após as eleições, a dissolução da Assembleia Nacional Popular (ANP).
O político advertiu o presidente do parlamento a atuar dentro dos limites da sua competência e não tocar nas competências do Presidente da República, aconselhando, neste particular, o líder da ANP a consultar os seus órgãos internos na qualidade de representante dos deputados.
Sobre a iniciativa do líder da ANP de realizar o “Parlamento Aberto” para se inteirar das preocupações das populações, disse que o povo votou no Domingos Simões Pereira como deputado, por isso não deveria realizar um “Parlamento Aberto, “porque o povo não está interessado na instabilidade política e governativa”.
“Não é da conveniência política do PLGB fazer críticas ao Presidente Umaro Sissoco Embaló. É bom esclarecer que o nosso partido pode coligar-se com qualquer ator político à luz dos ideais do partido” assegurou, avançando que no concernente ao governo, deram o benefício de dúvidas ao executivo liderado por Geraldo Martins, permitindo que este se organize para pôr em ação os seus planos de governação e de desenvolvimento.
Relativamente à crise do pão, Lesmes Monteiro lembrou ao Presidente da República e ao governo de que não podem impor aos comerciantes o preço dos seus produtos “porque temos liberdade de comércio no nosso país”.
“O governo deve estar disponível para dialogar de forma incansável com os operadores económicos, e se há uma inflação no mercado ou falta de um produto, o governo tem a alternativa de trazer aquele produto e automaticamente o preço baixará”, disse.
Denunciou que seu partido recebeu ameaças de vandalização da sua sede por parte dos ativistas políticos nas redes sociais.
Por: Epifânia Mendonça



















