O Ministro do Ambiente, Biodiversidade e Ação Climática, Viriato Cassamá, afirmou esta quinta-feira, 25 de janeiro de 2024, que a candidatura do Arquipélago dos Bijagós como Património Mundial é um “grande desafio” para o país e “um reconhecimento máximo” ao nível internacional, e para o Património da Humanidade.
“O Arquipélago de Bolama-Bijagós é uma das últimas jóias de África, situado ao largo da costa da Guiné-Bissau que engloba um complexo de 88 ilhas e ilhéus”, enfatizou.
Viriato Cassamá falava na abertura do atelier de apresentação do dossier da candidatura do Arquipélago dos Bijagós ao Património Mundial, nas instalações do Instituto da Biodiversidade das Áreas Protegidas (IBAP), em Bissau.
Na sua intervenção, lembrou que o Arquipélago dos Bijagós é o único ativo da costa atlântica da África e um “meio genuíno” que levou a UNESCO a atribuí-lhe o estatuto de Reserva da Biosfera, em 1996 e em 2014, foi designado como sítio RAMSAR, zona húmida de importância nacional.
O governante informou que o dossiê preliminar para a revisão da candidatura do Arquipélago dos Bijagós à lista do património mundial, apresentado ao secretariado da Conservação em setembro de 2022, teve, de acordo com os critérios, que consideram os valores como o conjunto de espécies ameaçadas e seus habitats, processos ecológicos e biológicos significativos e processo geológicos no desenvolvimento de feições geomorfológicas significativas.
Viriato Cassamá enfatizou que a apresentação da candidatura que está a acontecer neste momento é uma etapa importante, por ser um processo que levou muitos anos a consolidar-se e por ter sido definido de forma participativa, inclusiva de toda a sociedade guineense e por ter sido tomado em consideração todos os setores de desenvolvimento.
Assegurou que o Ministro do Ambiente, Biodiversidade e Ação Climática vai continuar a trabalhar afincadamente para que, depois da submissão oficial do dossier de candidatura da reserva da biodiversidade do arquipélago Bolama Bijagós ao sítio natural do património mundial da humanidade na sede da UNESCO, em Paris, no dia 01 de fevereiro do ano em curso, o dossiê seja desta vez validado e que a Guiné-Bissau tenha o seu primeiro sítio de património mundial.
Por seu lado, a Diretora do Instituto da Biodiversidade das Áreas Protegidas (IBAP), Aissa Regalla de Barros, reconheceu que a primeira candidatura apresentada, em 2012, tinha várias falhas, nomeadamente a delimitação do bem, alguns documentos jurídicos e estratégicos, razão pela qual a UNESCO emitiu recomendações que a instituição, o IBAP, analisou e respondeu cuidadosamente, de maneira que “esta candidatura apresentada hoje representa a vez da Guiné-Bissau”.
Por: Aguinaldo Ampa