As organizações sindicais debatem esta quinta-feira, 28 de março de 2024, a situação da educação num fórum de consulta e de intervenção da sociedade civil no diálogo político para a estabilização do setor da educação, organizado pela Rede de Campanha da Educação para Todos – Guiné-Bissau (RECEPT-GB).
Em representação do ministro da Educação Nacional, do Ensino Superior e Investigação Científica, o assessor para assuntos administrativos, Luís Duarte Pinto, alertou que não se pode almejar um desenvolvimento sustentável quando um grande número da população contínua analfabeta.
Assinalou que o fórum vai permitir que os técnicos possam ajudar a sociedade a enquadrarem-se e prepararem-se para poderem fazer face aos desafios do presente e do futuro.
“A sociedade guineense deve começar a pensar em algumas questões como: que tipo de educação quer e o que deve ser feito para resgatar o país”, defendeu e disse que a sociedade guineense é pobre, porque “a minoria produz e a maioria consome”.
Lembrou que o setor da educação é dinâmico e o país não tem recursos humanos e financeiros suficientes para dar resposta a esta dinâmica, defendendo a necessidade de a Guiné-Bissau adotar um sistema de educação capaz de dar resposta aos desafios.
“A falta de compreensão nas diferentes comunicações leva ao desentendimento entre atores na sociedade, por isso todos devem estar à altura de entender bem a comunicação de outrem”, indicou, para de seguida criticar o fato de o país não ter definido prioridades e discutido as questões mais pertinentes, nomeadamente o setor da educação guineense e arranjar soluções aos problemas que apresenta.
Por seu turno, o presidente de Conselho Administrativo da RECEPT-GB, Davi Peta, assegurou que a sua instituição tem estado a realizar atividades para a estabilização do setor educativo e estancar as dificuldades que diferentes atores encontram neste setor, nomeadamente a falta de materiais didáticos, a insuficiência das infraestruturas escolares, a falta de superação pedagógica para os professores.
Durante o evento, afirmou que o fórum serve para fazer o diálogo político que envolva todos os parceiros que intervêm no setor da educação e debater assuntos importantes que possam ajudar no seu melhoramento.
“Todos os problemas do setor educativo devem ser geridos no seu espaço próprio”, aconselhou.
Por: Noemi Nhanguan
Foto: N.N
