MOVIMENTO SOCIAL DEMOCRÁTICO CONSIDERA QUE A DEMOCRACIA GUINEENSE ESTÁ AMEAÇADA

O Movimento Social Democrático (MSD) advertiu esta terça-feira, 16 de abril de 2024, que a democracia está ameaçada na Guiné-Bissau e acusou as forças armadas de interferirem na política partidária.

A advertência do MSD foi tornada pública pelo representante da juventude daquela formação política, Tomás da Costa, em conferência de imprensa.

Tomás da Costa disse estar preocupado com a conjuntura sociopolítica vigente no país, marcada pela proibição demanifestações e reuniões, interferência da classe castrense na política e pela subida de preço de arroz no mercado nacional.

Para Tomás da Costa, a intervenção dos militares nos assuntos políticos não abona em nada a democracia, porque “é uma vergonha para o Estado da Guiné-Bissau ver o Comissariado Nacional da Polícia de Ordem Pública proceder à reabertura da Assembleia Nacional Popular”.

“Não deveria ter sido este o papel das forças de segurança, não. Devem, sim, zelar pela defesa da integridade territorial e garantir o normal funcionamento das instituições”.

O político apelou aos jovens no sentido de despertarem as consciências e lutarem contra o atual “regime ditatorial” que está a ser implementado na Guiné-Bissau, para o bem de futuras gerações, tendo exortado as forças armadas a distanciarem-se da política.

Por sua vez, a Presidente do Movimento Social Democrático, Joana Cobde Nhanca, denunciou a escassez no país de produtos de primeira necessidade, nomeadamente o arroz.

Joana Cobde Nhanca insurgiu-se contra a posição do Chefe do Estado, Umaro Sissoco Embaló, quando este ameaçou perseguir todos os ativistas que o atacarem com insultos nas redes sociais.

A presidente do MSD condenou a realização do comício popular do Partido dos Trabalhadores Guineense em Mansoa, uma vez que não existe ainda um decreto que autoriza a retoma das manifestações e reuniões públicas.

Por: Carolina Djemé

Author: O DEMOCRATA

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