A Frente Social, uma iniciativa sindical que congrega os sindicatos dos profissionais dos setores da Educação e da Saúde anunciou esta quarta-feira, 15 de maio de 2024, a terceira vaga de greves nos dois setores:  a educação e  a saúde,  que deverá decorrer  de  27 a 31 de maio do ano em curso.

Yoio João Correia disse que o governo está com falta de vontade em cumprir e resolver os problemas dos dois setores.

Segundo explicações do sindicalista, a 11 de abril tinha sido estabelecido  um encontro entre a  Frente Social e o governo, promovido pelo Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló,  no qual  foram debatidos  diferentes pontos constantes no caderno reivindicativo.

O sindicalista disse que havia um compromisso de “tréguas e de  benefício de dúvidas” de um mês  para resolver muitos problemas e que  se voltassem à mesa das negociações,  a 11 de maio,  fosse feita uma avaliação do que o governo tem feito em relação aos pontos em reivindicação.

De acordo com Yoio João Correia, independentemente do encontro,  não têm tido  não só informações  do executivo, como da Presidência sobre o fracasso das negociações.

“Mesmo que não conseguisse promover,  o governo deveria ter feito um sinal e dar  uma explicação  à Frente Social sobre o motivo da não realização do encontro”, disse.

Perante esta situação, o sindicalista criticou a falta de interesse e de sensibilidade do governo em relação à situação dos setores da educação e da saúde.      

Em relação aos técnicos de saúde e de educação com quatro meses sem salários, disse estar preocupado por ter pessoas a trabalharem nessas condições.

Aproveitou a ocasião para anunciar a participação da Frente Social na manifestação da Frente Popular,  que terá lugar no próximo dia 18 do mês em curso, tendo pedido, para o  efeito, uma participação, em massa, de todos os cidadãos não só em Bissau, bem como no interior do país.

Por: Carolina Djemé

Fotos: CD