O Embaixador Plenipotenciário da República Popular da China, Yang Renhuo, disse que a tarefa mais importante doravante é trabalhar em conjunto com todos os setores da Guiné-Bissau para implementar os importantes consensos alcançados pelos dois chefes de Estado, Xi Jinping e Umaro Sissoco Embaló, bem como enriquecer a conotação da parceria estratégica sino-guineense.
O diplomata fez estas observações durante uma conferência de imprensa realizada na tarde de quarta-feira, 17 de julho de 2024, para fazer um balanço daquele que foi a visita de três dias realizado pelo chefe de Estado guineense, à China.
“É a primeira vez que o Presidente Embaló visita a China desde que tomou posse; É a primeira vez que o Presidente Xi Jinping e o Presidente Embaló mantiveram uma conversa. É a primeira vez que o Presidente da República da Guiné-Bissau realiza uma visita de Estado à China sozinho. É a primeira vez que a China e a Guiné-Bissau emitiram uma declaração conjunta. É a primeira vez que a relação entre os dois países foi posicionada como uma parceria estratégica. Não é exagero dizer que foi uma visita histórica. Sob a orientação estratégica dos dois chefes de Estado, as relações entre a China e a Guiné-Bissau atingiram um novo nível e entraram numa nova etapa, com novos objetivos clarificados e novo impulso injetado”, disse o embaixador Yang.
O Presidente Embaló fez a sua primeira visita de Estado à República Popular da China, de 10 a 12 do mês em curso, com o intuito de rubricar um acordo quadro geral de cooperação entre Bissau e Pequim. No âmbito da visita foram assinados 12 acordos de cooperação, incluindo a exportação de castanha de caju da Guiné-Bissau para a China, implementação de iniciativa para o desenvolvimento global, desenvolvimento económico, geologia e mineração, cooperação entre os meios de comunicação e outras áreas.
O embaixador Yang Renhuo, disse aos jornalistas que a iniciativa de estabelecer uma relação estratégica entre os dois países é uma decisão importante tomada pelos dois chefes de Estado, acrescentando que é o “momento alto” e que salientando que a “conquista mais importante desta visita, é o preciosa, fruto de décadas de profunda amizade entre os dois países, servindo os interesses fundamentais dos dois países e povos”.
Lembrou na sua comunicação que nos últimos anos, a China e a Guiné-Bissau aprofundaram as relações bilaterais, fortaleceram a confiança política mútua, expandiram a cooperação pragmática e melhoraram a coordenação internacional.
“O Presidente Xi Jinping assinalou, durante o seu encontro com o Presidente Embaló, que a China apoia a Guiné-Bissau na exploração independente de um caminho de desenvolvimento que se adapte às suas condições nacionais e está disposta a trabalhar com a Guiné-Bissau para herdar a amizade tradicional, consolidar a confiança mútua política, expandir a cooperação pragmática, enriquecer continuamente a conotação da parceria estratégica entre os dois países e ajudar a Guiné-Bissau a alcançar um melhor desenvolvimento nacional”, notou, para de seguida, acrescentar que o chefe de Estado guineense afirmou que a Guiné-Bissau e a China desfrutam de um relacionamento sólido e cordial marcado por um apoio mútuo inabalável, recordando ainda que sempre que a Guiné-Bissau enfrenta dificuldades, a China forneceu assistência inestimável sem hesitação, um gesto que o povo da Guiné-Bissau nunca esquecerá.
“O presidente da Guiné-Bissau assinalou que a Guiné-Bissau continuará a se manter firme com a China, defender o princípio de Uma Só China e apoiar a posição da China em seus interesses fundamentais, como o assunto de Taiwan”, contou.
Renhuo explicou que o seu país está disposto a continuar a fornecer apoio dentro de sua capacidade para a construção doméstica da Guiné-Bissau e continuará a enviar seus especialistas em arroz, bem como equipes médicas para ajudar a Guiné-Bissau a garantir a segurança alimentar e desenvolver a saúde pública. E acrescentou, neste particular que, os dois países continuarão a trabalhar para fortalecer os intercâmbios e a cooperação em educação, juventude e outros campos para aproximar os corações dos povos dos dois países.
Assegurou que a China continuará a oferecer bolsas de estudo do governo e oportunidades de formação para ajudar a Guiné-Bissau a cultivar mais talentos para seu desenvolvimento nacional.
“Acredita-se que num futuro próximo a castanha de caju da Guiné-Bissau estará na mesa de jantar do povo chinês, mais jovens guineenses terão a oportunidade de estudar e formar-se na China e mais empresas chinesas vão investir na Guiné-Bissau”, referiu, anunciando que as instituições educativas de dois países vão construir em breve um Instituto Confúcio na Guiné-Bissau com base na consulta equitativa, para implementar a educação da língua chinesa na Guiné-Bissau.
Por: Assana Sambú/Carolina Djeme



















