PRESIDENTE SISSOCO DESVALORIZA AS EXIGÊNCIAS DA OPOSIÇÃO SOBRE A MARCAÇÃO DE PRESIDENCIAIS E LEGISLATIVAS

O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló,  desvalorizou as reclamações das duas coligações que formam  a oposição guineense e disse que os dirigentes da Aliança Patriótica Inclusiva API – Cabas Garandi “são do Presidente da República” e que se quiser, pode quebrá-la (a Cabas Garandi).

“Nuno Gomes Nabiam  foi meu Primeiro -ministro, Braima Camará e Fernando Dias da Costa, todos estão atrás dele e Cabas Garandi pertence ao Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, que quando quiser, pode quebrá-lo “, ironizou e reforçou que API pertence-lhe mais do que a Plataforma Republicana liderada por Botche Cande, qua já lhe declarou o apoio incondicional.

“Não estou preocupado com aquela Aliança. O meu mandato termina a 04 de setembro, de acordo com a decisão judicial do Supremo Tribunal de Justiça, o mês de novembro será a data da realização do escrutínio,  segundo as Leis da República”, indicou.

O chefe de Estado falava aos jornalistas nas instalações do Hospital Nacional Simão Mendes, após ter visitado o centro de hemodiálise instalado naquele maior centro hospitalar do país.

Relativamente à visita, o Presidente Sissoco revelou que os aparelhos  instalados no centro são de ponta e programados à base da ciência, funcionam com internet e satélite para permitir que não haja riscos no processo de tratamento de pacientes, salvando vidas de pessoas e assim poupar mais dinheiro que é gasto na cooperação com outros países na área da saúde, concretamente no tratamento da Hemodiálise.

“É uma vergonha nacional, depois de 51 anos de independência, a Guiné-Bissau não ter nenhum centro de hemodiálise. Graças a Deus hoje tornou-se uma realidade. Há quatro anos  sempre permiti que seria  possível ter um centro de hemodiálise e está a acontecer. Vamos iniciar numa sala de cinco cadeiras e temos uma instalação quase a terminar, financiada pelo Banco Africano do Desenvolvimento que terá dez cadeiras e alargar a criação de centros de hemodiálise para as províncias e regiões do país”, adornou.

Considerou lamentável continuar-se a ver guineenses a viajarem para   Ziguinchor para fazer esse tratamento.

“Temos os nossos compatriotas a viverem em Portugal que não podem vir para a Guiné-Bissau, porque precisam desse tratamento e esperamos que até ao final do mês em curso o centro de hemodiálise comece a funcionar”, sublinhou.

Umaro Sissoco Embaló assegurou que o Hospital Militar Principal está muito avançado neste processo, porque será também colocado um centro de hemodiálise nessa unidade para reduzir o número de pessoas que recorrem aos países vizinhos para fazer tratamentos dessa natureza e permitir a outras pessoas virem passar férias e fazer tratamentos sem problemas.

O Presidente da República disse que  tem ambição de copiar tudo que é bom dos países como Senegal, Cabo Verde e outros para a Guiné-Bissau, a fim de poder deixar legados dos cinco anos do mandato.

Questionado sobre a greve da Frente Social que congrega sindicatos dos setores da saúde e da educação projetada para o mês de fevereiro do ano em curso caso as exigências não sejam  cumpridas pelo governo, Sissoco Embaló disse que já iniciou um processo de diálogo com os sindicatos, contudo disse que é preciso uma trégua nacional, porque será insustentável a questão de greve nos setores sociais, apesar de ser um direito que assiste a qualquer trabalhador, mas “é preciso sentarmo-nos à mesa para saber em concreto o que se está passar nestes setores”, alertando que alguém terá que responder por tudo o que se passa nos dois setores sociais.

“Vamos envolver o Procuradoria-Geral da República e Polícia Judiciária, porque na altura em que desempenhei as  funções do primeiro-ministro, resolvemos o problema de greves no sistema educativo guineense. Pagamos todas as dívidas e um ano depois, quando assumi o posto de chefe de Estado, voltamos a ouvir a questão de dívidas na educação. Isso não é possível. Devemos responsabilizar uns aos outros, porque não é normal ficar permanentemente nesta situação’, criticou.

Por fim, defendeu que é  urgente acabar com as greves , garantir que ninguém fique refém de ninguém de uma vez por todas e  encontrar soluções consentâneas aos problemas dos dois setores sociais.

Por: Aguinaldo Ampa

Author: O DEMOCRATA

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