O ministro da Comunicação Social, Florentino Fernando Dias, afirmou esta sexta-feira, 18 de abril de 2025, que o processo de transição analógica para digital compreende três dimensões, nomeadamente jurídica, técnica e comercial, para digitalizar a televisão e a rádio pública, permitindo que a Guiné-Bissau faça menos uso das ondas hertzianas.
O governante disse que a dimensão jurídica tem como missão criar um quadro legal que vai permitir à transição se opere e que haja instituições para suportar a transição.
“A dimensão técnica é instalar infraestruturas e equipamentos para digitalizar os órgãos de comunicação social estatais, sobretudo a televisão pública e a rádio nacional e deixar as redes de telecomunicações usarem frequências hertzianas e a última dimensão comercial é permitir à população guineense acompanhar a transição e estar em condições de adquirir equipamentos digitais que possam aceder aos sinais digitais”, detalhou.
Florentino Fernando Dias falava aos jornalistas depois do encontro com a delegação iraniana chefiada por Seyed Aly Mussavi, chefe da delegação, que está no país para conhecer a realidade da Guiné-Bissau, em relação ao processo da transição analógica para o digital.
No encontro todos os presentes visitaram todas as instituições nacionais que atuam neste setor, como também visitaram vários centros de transmissão que a Guiné-Bissau tem.
A reunião serviu para informar essas instituições e apresentar-lhes uma apreciação da delegação sobre o que viu e ouviu de várias autoridades, com as quais manteve contatos.
Florentino Dias informou que a Guiné-Bissau está num processo de transição e que há 12 anos criou uma comissão nacional de transição analógica para digital, que é presidido pelo ministro da Comunicação Social e o seu vice-presidente é o ministro dos transportes e telecomunicações.
“A visita da delegação iraniana ao país e a sua disponibilidade de acompanhar-nos nesse desafio vai permitir não só que a Guiné-Bissau ande mais rápido neste processo de transição, como também reduzir, consideravelmente, o custo que a transição possa efectivamente acarretar ao Estado”, disse.
Neste sentido, lembrou que é um processo custoso e exige aplicação de vários meios, razão pela qual houve vários avanços e recuos.
“Tivemos um bom encontro com engenheiro mandatado pelo governo iraniano e deu-nos a sua apreciação em relação ao que viu e que é possível fazer e vai ainda conceber um relatório que irá apresentar ao governo iraniano para depois decidir sobre o acompanhamento ao Estado guineense”, sublinhou.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A
















