A Liga Guineense dos Direitos Humanos denunciou a detenção, há mais de nove dias, nas celas da Segunda Esquadra, em Bissau, do ativista político do Partido dos Trabalhadores Guineenses (PTG), Alexandre da Costa.

Alexandre da Costa foi detido a 16 de abril de 2025 na sua residência, em Bôr, por três agentes do Ministério do Interior, segundo uma das testemunhas familiares.

A Liga denunciou ter enviado a 24 deste mês uma delegação e foi impedida de ter acesso à vítima.

A visita era de rotina e comunitária para constatar o estado de detenção do ativista.

Em nota a que a Rádio Popular teve acesso esta sexta-feira, a Liga considerou ilegal a detenção do ativista político, Alexandre da Costa, por se tratar de uma violação flagrante do direito à liberdade e extrapolação do prazo legal de detenção, aliada à proibição de acesso a advogado e visita familiar e responsabilizou o Ministério do Interior pela vida e integridade física do ativista.

A organização defensora dos direitos humanos na Guiné-Bissau lembrou que a Constituição da República e o Código de Processo Penal determinam que a detenção, a prisão decretada pela polícia não deveria ultrapassar as 48 horas e que se houvesse alguma necessidade de mantê-lo por mais de 48 horas, a polícia teria, através do Ministério Público, que solicitar ao Juiz de Instrução Criminal para decretar a prisão preventiva.

Por: Filomeno Sambú