O Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE) iniciou esta quinta-feira, 26 de junho de 2025, o processo de sincronização dos dados eleitorais para permitir a avaliação dos dados de cada eleitor e a fiabilidade na base de dados de que cada eleitor vai aparecer no boletim sozinho.
O processo iniciado foi marcado com pouca representação da Comissão Nacional de Eleições (CNE) e de partidos políticos.
No ato, apenas os representantes do Movimento para a Alternância Democrática MADEM-G15 e o Movimento Social Democrático (MSD) estiveram presentes e acompanharam, na íntegra, o início dos trabalhos.
Em declarações aos jornalistas, o Diretor-geral do GTAPE, Gabriel Gibril Baldé, explicou que a sincronização vai permitir comparar os dados numéricos, alfanuméricos e biométricos de cada eleitor, caso haja coincidências, mesmo nos números de eleitores, estes eleitores cujos números de eleitor sejam coincidentes ficarão pendentes. Os que se recensearam uma, duas, três ou quatro vezes também e os que tiverem dados de identificação igualmente ficarão pendentes.
Gibril Baldé garantiu que só estarão registados no servidor apenas os dados dos eleitores que estão completamente independentes uns dos outros.
Assegurou que todos os casos de eleitores em situação pendente serão resolvidos internamente de seguintes formas: “os que tiveram coincidências em termos de número de eleitor, os técnicos farão a correção do número errado no boletim, os que tiverem efeito duplo, quádruplo de recenseado apenas será considerado o último registo e os anteriores serão totalmente eliminados”.
Interpelado sobre a dívida aos brigadistas, Gabriel Gibril Baldé garantiu que no momento todos os brigadistas já foram pagos e que a única dívida que existe é apenas o pagamento interno das viaturas e cadernos, que prometeu que será resolvida em uma semana.
Para o representante do Movimento para Alternância Democrática (MADEM-G15), José Isa Baldé, o ato de sincronização dos dados eleitorais representa um sinal de caminhada democrática, de transparência em termos dos trabalhos desenvolvidos pelo Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral.
“Portanto, fizemos a questão de presenciar para fiscalizar o processo e ver se existe algo que está mal ou não e, consequentemente, reclamar em fórum próprio, caso existam falhas. Vamos contribuir até ao fim do processo, através dos nossos pareceres e pedir ao GTAPE que corrija os erros que possam existir”, disse.
Garantiu que vão estar lá todo o tempo para assistirem à sincronização e se houver qualquer opinião ou algo a discutir em relação à sincronização dos dados que não esteja em conformidade como o processo deve ser conduzido, vão reclamar.
Por: Carolina Djeme
