Conselho Nacional de Crédito da Guiné-Bissau (CNC/GB) revelou esta quarta-feira, 24 de Junho, na sua segunda sessão ordinária, que o primeiro trimestre de 2015 foi marcado por um crescimento de 74 por cento de produção industrial e um aumento de 12,6% da atividade comercial. Este mesmo órgão esclarece que as receitas fiscais aumentaram e as despesas diminuiram. O encontro teve lugar na sede do Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO)
De acordo com as conclusões constantes do documento do conselho a que O Democrata teve acesso, o défice da balança comercial situou-se em 6 mil milhões de francos CFA contra 14,6 mil milhões do primeiro trimestre de 2014. Aponta ainda o documento que a actividade económica registou uma melhoria durante o 1º trimestre deste ano.
O documento exorta ainda o CNC/GB que se esta tendência prosseguir, o crescimento económico poderá atingir 4,7 por cento em 2015 contra 2,9% em 2014. Alertou, contudo, que o referido crescimento será apoiado pelos investimentos públicos em curso, destacando a reabilitação das vias urbanas de Bissau e a melhoria no fornecimento da energia. A taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) real é projetada para 4,8 por cento em 2016 e 5,0% no período de 2017-2018, lê-se no mesmo documento.
O Conselho deixou claro que tomou notas sobre as decisões do Comité de Política Monetária em manter as taxas directoras do BCEAO e o coeficiente de reservas obrigatórias.
CNC/GB avança que a inflação avaliada pelo Índice Harmonizado do Preço ao Consumo (IHPC) deverá ser contida no limite de 3 por cento como registou em 2014. A hipótese de abastecimento regular do mercado é positiva e ainda espera-se um desenrolar satisfatório da campanha agrícola 2015/2016.
No que respeita ao sector bancário e o financiamento da economia do país, o CNC/GB sublinha que constatou que a evolução dos créditos permanece tímida, devido ao importante nível de crédito mal parado na carteira dos bancos, desde os acontecimentos do 12 de Abril de 2012. Prosseguindo que por razões estruturais, os créditos concedidos pelo sector da microfinança tem permanecido marginal.
O conselho recomendou a aceleração do processo de adopção dos textos comunitários, congratulando-se com os progressos registados,solicitando a prossecução das acções iniciadas com vista a reforçar e garantir um desenrolar satisfatório da campanha de comercialização da castanha de cajú. O Conselho alertou ainda para a necessidade de assegurar o financiamento das actividades produtivas, de acelerar as reformas e a execução dos projectos públicos que promovam o emprego e o crescimento económico do país.
O Conselho Nacional de Crédito da Guiné-Bissau aponta ainda a necessidade de aumentar o financiamento da economia para melhorar a procura interna de modo a permitir que as empresas financiem as suas actividades.
Por: Sene Camará

















BOAS NOTICIAS; PARABENS “nha tera”
és dja i bom parabéns orgulho de sedo guineense