A Associação Nacional de Proteção das Empregadas Domésticas da Guiné-Bissau (ANAPROMED-GB) ameaçou, esta segunda-feira, 25 de agosto de 2025, apresentar uma queixa-crime contra o Estado da Guiné-Bissau junto da Federação Internacional de Trabalhadores Domésticos, pelas atrocidades e situações de escravatura a que estão sujeitas as empregadas domésticas no país.
O anúncio foi tornado público pelo presidente da ANAPROMED, Sene Bacai Cassamá, à margem de um encontro mantido com o ministro da Educação Nacional, Ensino Superior e Investigação Científica, durante o qual transmitiu as preocupações das auxiliares de limpeza das escolas públicas do país.
“Vamos apresentar uma queixa-crime contra a Guiné-Bissau junto da Federação Internacional de Trabalhadores Domésticos, no sentido de advogar por este grupo, porque trabalham sem salário e, além disso, estão expostas diariamente à contaminação, sem materiais adequados de limpeza”, declarou Cassamá.
O presidente da ANAPROMED afirmou ainda ter recebido garantias por parte do ministro da Educação de que os problemas existentes no setor, sobretudo no que respeita às auxiliares de limpeza, serão resolvidos antes do início do próximo ano letivo.
Entretanto, Cassamá advertiu que, caso os problemas não sejam solucionados, a associação poderá boicotar o arranque do ano escolar 2025/2026.
O dirigente garantiu ainda que, se os salários em atraso não forem pagos, a ANAPROMED continuará a desenvolver ações de reivindicação até que os direitos das trabalhadoras sejam assegurados.
Por: Carolina Djeme



















