Após sete jogos sem vencer na fase do apuramento da zona africana para o Campeonato do Mundo 2026, a realizar-se nos Estados Unidos de América (EUA), no Canadá e no México, a Guiné-Bissau venceu hoje a sua congénere de Djibouti, por 2 a 0, em partida com uma multidão considerável de adeptos no Estádio Nacional 24 de Setembro, em Bissau.
Já sem hipótese de marcar presença na maior competição de futebol organizada pela FIFA, entidade que rege o futebol mundial, a Seleção Nacional de Futebol conseguiu um importante triunfo, após falhar os seus principais objetivos de estar na fase final do Campeonato Africano das Nações (CAN’2025) e apurar-se pela primeira vez para o Mundial.
Para além de quebrar jejum de 7 jogos sem vencer na qualificação para o Mundial 2026, a nova equipa técnica nacional quebrou o jejum de 10 jogos da Seleção Nacional de Futebol sem vencer.
A última vitória da Guiné-Bissau aconteceu na primeira jornada da fase de qualificação para a CAN’2025, frente à seleção de Essuatíni por 1 a 0, em setembro de 2024, graças ao golo de Bura.
Foi uma partida de futebol, onde o selecionador nacional, Emiliano Té, fez três alterações em relação à última partida diante da Serra Leoa, fazendo entrar Franculino Dju, Mauro Teixeira e Ulisses Tamble, fazendo sair Beto, Carlos Mané e Jefferson Encada, lesionado, mas ainda assim a Seleção Nacional sentiu enormes dificuldades em contrariar o adversário nos primeiros 30 minutos da partida.
Os “Djurtus”, como é conhecida a Seleção Nacional, controlou a posse de bola durante a primeira parte, mas a Seleção de Djibouti foi uma equipa que veio somente para bloquear as investidas da Guiné-Bissau, principalmente na sua cortina defensiva.
Mesmo com dificuldades para penetrar a área do adversário, os Djurtus conseguiram criar um remate por intermédio de Franculino Dju, após meia hora da primeira parte.
”O guardião deste adversário estava bastante atento e negou o golo ao jovem avançado guineense. Apesar do domínio de posse de bola, a primeira parte terminou 0 a 0”, indicou.
Já na segunda parte, não houve mudanças nas duas equipas, sobretudo no balneário. Voltaram os 22 que terminaram a primeira parte. Contudo, o Selecionador Nacional mandou os três jogadores fazerem os exercícios de aquecimento.
Volvidos 10 minutos da partida, aos 56 minutos a Guiné-Bissau abriu o marcador por intermédio de Iano Imbene, num remate fora de área e sem hipóteses para o guardião de Djibouti, fazendo levantar os adeptos no Estádio Nacional 24 de Setembro em Bissau, que ficaram encantados como o golo dos Djurtus.
Após o golo inaugural, notava-se uma seleção adversária sofrida e a Guiné-Bissau a carregar em busca do segundo golo no sentido de dar maior tranquilidade a uma equipa que não venceu os seus últimos 10 jogos, acima de tudo falhou os seus objetivos, principalmente para estar no CAN’2025.

Com mudanças tácticas e alterações no jogo pela equipa técnica, os Djurtus conseguiram chegar ao segundo golo por intermédio de Fali Candé, aos 83 minutos da partida, dando tranquilidade aos guineenses. Num cruzamento pela esquerda, o defesa central meteu de cabeça e bola parou no fundo da baliza e sem hipótese para o guardião.
Após o segundo golo, a Guiné-Bissau criou mais três oportunidades, mas sem sucesso. No tempo extra, Beto, que iniciou pela primeira vez o jogo no banco, fez uma grande jogada na área, mas o guarda-redes de Djibouti fez enorme defesa, evitando o golo.
O jogo terminou assim com o triunfo da Guiné-Bissau, que permitiu a nova equipa técnica somar a sua primeira vitória. Em dois jogos realizados, Emiliano Té, antigo jogador da seleção nacional, conseguiu somar quatros pontos, sacudindo a pressão a volta da equipa técnica.
A partida ficou marcada com a estreia de Adramane Cassamá com a camisola da Seleção Nacional. O jovem defesa esquerdo entrou aos 83 minutos da partida para o lugar de Iano Imbene, que saiu com queixas no jogo. Além de Imbene, o capitão de seleção nacional, Mama Baldé também saiu com algumas queixas, segundo constatou a reportagem do Jornal O Democrata.
No final da partida, o Selecionador Nacional, Emiliano Té, enalteceu o trabalho dos seus jogadores e afirmou que o resultado foi positivo. Té prometeu trabalhar em cada jogo que lhe permitirá sonhar futuramente chegar ao Mundial e ao CAN.

Té, que substituiu recentemente Luís Boa Morte, mostrou-se satisfeito pela vitória e desejou esta vitória ao antigo Selecionador Nacional, Baciro Candé, que agora trabalha como treinador de Costa do Sol de Moçambique.
Por seu turno, o Selecionador de Djibouti, felicitou a Guiné-Bissau pela vitória e enalteceu a qualidade de jogo da Seleção Nacional que não permitiu a sua seleção contrariar os rapazes comandados por Emiliano Té.
Em relação ao seu futuro, Abdourahman Okieh Hadi desvalorizou o assunto, prometendo trabalhar para construir uma seleção forte futuramente no sentido de dar alegria aos adeptos nas futuras competições.

Okieh Hadi, que está a três meses no cargo, diz que a sua equipa é muita nova e com falta de experiência profissional nas competições internacionais. Contudo, realçou o desempenho dos seus jogadores no jogo.
Com esta vitória, a Guiné-Bissau conseguiu fazer 10 pontos na tabela classificativa do grupo A, enquanto a seleção de Djibouti mantém-se com 1 ponto na tabela classificativa.
Os dois jogos que a Guiné-Bissau venceu na fase de qualificação para o Mundial 2026 foram frente a seleção de Djibouti. Os Djurtus não conseguiram vencer as seleções de Serra Leoa, Etiópia, Egito e Burkina Faso. Embora ainda não tenha conseguido vencer estas seleções, a Guiné-Bissau tem ainda o jogo contra Etiópia e Egito a contar para a nova e décima jornada na fase de qualificação para o Mundial 2026.
Importa salientar que depois de perder a oportunidade de qualificar-se pela quinta vez consecutiva para a fase final do Campeonato Africano das Nações (CAN’2025), a Guiné-Bissau também não vai estar presente no Mundial 2026, porque já não tem pontuação para ultrapassar o líder do seu grupo, o Egito.

Agora resta a Guiné-Bissau somar vitórias para garantir pontos que lhe permitam cimentar a sua posição no Ranking da Confederação Africana de Futebol (CAF) e na FIFA, entidade que rege o futebol mundial.
Em 2026 e pela primeira vez na história, vamos ter um Mundial de futebol organizado por 3 países, Estados Unidos, Canadá e México.
Por: Alison Cabral
Foto: Marcelo Na Ritche



















