A presidente do Movimento Social Democrático (MSD), Joana Cobdé Nhanca, alertou que o Parlamento guineense poderá ser ocupado na próxima legislatura pelos estrangeiros, por falta de condições financeiras de cidadãos em cumprir requisitos fiscais.
O alerta de uma das vozes críticas ao regime de Umaro Sissoco Embaló e ao governo de iniciativa presidencial foi tornado público esta quarta-feira, 10 de setembro de 2025, em conferência de imprensa realizada na sua sede principal em Bissau, na qual a política fez análise da atual situação sociopolítica e económica da Guiné -Bissau.
Joana Cobdé Nhanca sustentou que seu alerta foi lançado na sequência das exigências de apresentação de certidão de quitação para as pessoas que pretendem concorrer a cargos de deputados da nação nas próximas eleições de 23 de novembro.
Segundo a líder do MSD, muitos guineense não têm condições para tratar os documentos exigidos.
”E se assim for os lugares a deputados de nação serão ocupados por estrangeiros que possuem poder económico para tratar as documentações”, disse.
Perante esta situação, Joana Cobdé Nhanca pediu que a apresentação de certidão de quitação fiscal seja anulada, como forma de garantir a inclusão e justiça no processo eleitoral.
A presidente da MSD exigiu do governo uma explicação sobre os preparativos para a realização das eleições, tendo denunciado a falta de clareza e de transparência no processo eleitoral.
Joana Condé Nhanca quer ainda que o executivo esclareça se realmente as eleições gerais marcadas para 23 de novembro próximo serão realizadas ou não.
”As eleições são uma festa da democracia, portanto não se pode criar um ambiente de tristeza à volta do processo”, indicou, para de seguida desafiar o povo e a juventude a estarem atentos e vigilantes durante o processo eleitoral.
A líder do MSD pediu permanência de jovens no local onde serão produzidos os boletins de voto, bem como vigiar as urnas, como forma de garantir um processo seguro e transparente.
Joana Cobdé Nhanca pediu ao Presidente Umaro Sissoco Embaló explicações sobre o fim do mandato presidencial, que disse ter terminado a 27 de fevereiro, mas que o Presidente da República decidiu prolongar até 04 de setembro, tendo em conta o contencioso eleitoral.
Por: Carolina Djemé






















