A Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) denunciou o estado de saúde do agente de segurança Adriano Lopes, detido desde 12 de maio de 2025, e internado em estado grave no Hospital Nacional Simão Mendes no sábado, 4 de outubro.

Segundo a organização, citando os familiares, Adriano Lopes encontrava-se em convalescença após uma cirurgia no momento da sua detenção, o que, de acordo com a LGDH, agrava ainda mais a sua condição clínica e levanta sérias dúvidas sobre o tratamento recebido durante o período de detenção.

Em comunicado, consultado pelo jornal O Democrata, a organização de direitos humanos denunciou também que outro detido, Eduardino José Espencer, sofre de asma severa e necessita urgentemente de cuidados médicos especializados, situação que, segundo a Liga, tem sido negligenciada pelas autoridades.

A organização defensora dos Direitos Humanos denunciou também que, no âmbito do chamado “Caso Tcherninho”, diversos agentes afetos aos serviços de segurança da Presidência da República encontram-se detidos há mais de quatro meses sem terem sido apresentados ao Ministério Público ou a qualquer autoridade judicial. Uma situação que a LGDH considera uma violação grave das normas processuais e dos princípios do Estado de Direito.

“De acordo com relatos das famílias, nove cidadãos permanecem detidos ilegalmente na Segunda Esquadra de Bissau, em condições desumanas e degradantes, privadas de assistência médica e de direitos básicos” lê-se, condenando as práticas de detenção arbitrária, maus-tratos e tortura, exigindo a libertação imediata de todos os detidos e o respeito integral pelas garantias legais e pelos direitos humanos. 

A LGDH responsabiliza o Ministério do Interior pela vida, saúde e integridade fisica dos detidos e apela às autoridades nacionais para que intervenham para pôr fim a estas violações graves e inaceitáveis.

Por: Tiago Seide