GRUPO DE 57 DEPUTADOS ENTREGAM PETIÇÃO AO PRESIDENTE DE ANP PARA CONVOCAÇÃO URGENTE DE SESSÃO

Um grupo de 57 deputados entregou hoje uma petição ao presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP), o Parlamento da Guiné-Bissau, Cipriano Cassamá, na qual exigem a convocação urgente da sessão plenária do órgão.

Rui Diã de Sousa, porta-voz do grupo, disse que a petição foi subscrita por 41 deputados do Partido da Renovação Social (PRS), 13 parlamentares expulsos do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), dois do Partido da Convergência Democrática (PCD) e um do Partido da Nova Democracia (PND).

De acordo com Diã de Sousa, antigo ministro das Finanças e um dos 15 deputados expulsos do PAIGC, por divergências com a direção liderada por Domingos Simões Pereira, os subscritores da petição constituem a maioria absoluta de parlamentares em efetividade de funções.

A partir da petição hoje entregue, Rui Diã de Sousa acredita que Cipriano Cassamá “vai ter quer observar a lei e convocar uma sessão extraordinária” da ANP para a discussão e aprovação do programa do Governo do primeiro-ministro, Baciro Djá.

O Parlamento guineense deixou de funcionar há nove meses devido a divergências entre os dois principais partidos, PAIGC e PRS, e há mais de um mês que não se entendem quanto à forma de marcação de uma sessão para debater o programa do Governo.

O PAIGC, que venceu as últimas eleições legislativas, mas arredado do poder, acusa o PRS de lhe ter usurpado a governação, e por ter a maioria na comissão permanente do Parlamento (órgão de decisão dos assuntos que devem ir ao debate) decidiu bloquear o normal funcionamento do órgão.

Rui Diã de Sousa afirmou, à saída da entrega da petição ao líder do Parlamento, que o bloqueio do órgão tem levado a que “assuntos importantes” fiquem por discutir, nomeadamente a revisão da Constituição do país e outras leis.

O deputado também disse que o bloqueio tem impedido a que o Governo “assuma na plenitude as suas responsabilidades” perante o país e os guineenses.

Em nota de imprensa a que a Lusa teve acesso, o presidente do Parlamento fez saber que recebeu a petição que vai encaminhar para os órgãos competentes, as quais, disse, irão dar um tratamento regimental e constitucional ao pedido dos 57 deputados.

 

 

 

Fonte: Lusa

 

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