SINDICATO DA EMPRESA ORANGE DECRETA GREVE DE 15 DIAS

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Empresa de Telecomunicações ORANGE Bissau SA, decretou esta segunda-feira, a segunda vaga de greve de 15 dias que iniciará amanhã, 23 de Agosto de 2016. De acordo com o sindicato, a direção da empresa não respondeu o pré-aviso da greve entregue no passado dia 15 do mês em curso, razão pela qual decidiram avançar com a segunda vaga de greve.

Alberto Djata, Porta-voz do Sindicato de base de trabalhadores da Empresa Orange Bissau

Falando a’O Democrata em conferência de imprensa realizada na sede da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG), Alberto Djata explicou que a direção da empresa “Orange Bissau tem pouco respeito para com os trabalhadores e não faz negociação com serenidade”.

Esse dirigente sindical pediu as autoridades nacionais no sentido de assumirem as suas “responsabilidades”, enquanto Estado em ajudar os jovens quadros nacionais desta empresa a sair da “escravatura” de trabalho durante 9 anos.

“Desejo dos trabalhadores da empresa Orange Bissau não é de entrar em greve constantemente, mas o facto do nosso salário não ser compatível com o trabalho que fizemos, alertamos o patronato sobre o assunto, não dignou resolver nada, obrigou-nos a enveredar-se por esta via que a lei nos consagra”, espelhou.

O sindicalista lembrou ainda que começaram a trabalhar na empresa desde a sua criação, tendo assegurado que hoje a empresa está a fazer resultados positivos resultado do esforço e dedicação dos funcionários, por isso entenderam que não podem continuar a trabalhar como uma máquina e continuarem a viver pobres.

Djata mostrou a disponibilidade do sindicato a sentar-se à mesa em qualquer momento para a negociação com a direção da empresa. Sublinhou, no entanto, que o objetivo dos trabalhadores é fazer da Orange a melhor Empresa de Telecomunicações na Guiné-Bissau.

 

DIREÇÃO DA ORANGE LAMENTA A POSTURA DO SINDICATO

Director Comercial da Empresa Orange Bissau, Mauricio Mané

O Diretor Comercial da Empresa de Telecomunicações Orange Bissau, Maurício Mané lamentou na tarde de hoje, 22 de agosto de 2016, a postura do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa, que segundo ele, está a desinformar a opinião pública com alegações em como a direção-geral não dignou negociar com os trabalhadores para ultrapassar a greve.

Falando a’O Democrata em reação à conferência de imprensa do sindicato que decretou greve de 15 dias com início previsto para amanhã, 23 do mês em curso, este membro do executivo da Orange, disse que os motivos evocados pelo sindicato para decretar a segunda vaga de greve, contraria o conteúdo das correspondências trocadas entre a direção e o sindicato, inclusive algumas declarações proferidas na semana passada pelo responsável sindical que teria declarado que as negociações estavam no bom caminho.

“Desde o primeiro pré-aviso entregue no dia 25 de Julho do ano em curso que está em vigor até neste momento, tivemos vários encontros e trocamos correspondências. A direção tem assumido suas responsabilidades em relação a este assunto, em colaboração com algumas entidades externas que estão a fazer esforço em mediar negociação, nomeadamente a Secretaria de Estado dos Transportes e Comunicações, Direção-Geral de Trabalho e Autoridade Reguladora Nacional que estão bem informadas e implicadas nas negociações”, espelhou.

Aquele responsável da Orange Bissau, defendeu que não faz sentido o sindicato decretar a greve, com processo de negociações em curso, inclusive a próxima ronda foi calendarizada para o dia 24 de agosto. Mané admite que “a greve é um direito que assiste qualquer trabalhador mas deve-se observar alguns dispositivos legais previstos na mesma lei geral da greve”.

“São contraditórias as declarações dos responsáveis do sindicato nos  órgãos da comunicação social em como a direção não se dignou negociar com eles. Tivemos último encontro na sexta-feira passada e inclusive enviaram uma correspondência hoje na qual agradecem a iniciativa do diretor-geral de assumir as negociações diretas com o sindicato para uma saída à crise, não obstante terem deixado claro na carta que não vão levantar a greve”, explicou, pedindo o sindicato para assumir as suas responsabilidades.

 

 

 

 

Por: Aguinaldo Ampa 

 

 

 

 

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