Dia internacional da paz: “APESAR DO CALAR DAS ARMAS, A POPULAÇÃO GUINEENSE AINDA VIVE SEM PAZ SOCIAL NEM GOVERNATIVA”

A ministra da Mulher, Família e Proteção Social, Cadi Seide, afirmou este sábado, 21 de setembro de 2019, que apesar do calar aparente das armas,  a população guineense ainda  vive sem a paz social nem governativa, porque continuam a morrer mulheres grávidas e crianças menores de cinco anos sem piedade.

Cadi Seide, discursava na jornada comemorativa do dia internacional da paz, realizada no largo da Câmara Municipal de Bissau, organizada pela WANEP-Guiné-Bissau em colaboração com a Rede Paz e Segurança para as Mulheres do espaço da CEDEAO sob lema “Ação no domínio do clima para paz”. 

Na ocasião, Seide disse que muitos doentes de cancro estão à espera de ser evacuados para exterior a fim de proceder aos seus tratamentos, os velhos não têm espaço de lazer, o tráfico  de criança ainda é uma realidade, o consumo de droga pelos jovens e o problema de saneamento básico continua gritante no país.

A responsável da pasta do ministério da Mulher, Família e Proteção Social, informou que o objetivo da data é sensibilizar para a necessidade da paz no mundo com a finalidade de cada um fazer algo para a paz nomeadamente saudar, brincar, fazer doações e vestir-se de branco como símbolo da paz em todos os lugares que formos.

“Os estudantes guineenses continuam a ter um futuro incerto, mas nós os políticos continuamos nas nossas ambições desmedidas sem olharmos para trás e muito menos para o futuro. A questão climática, o terrorismo, o fundamentalismo étnico e religioso, o conflito de posse de terra, roubos de gado e a mutilação genital feminina, casamento precoce e forçado constituem a causa de falta de paz na Guiné-Bissau e no mundo”, lamentou.

A Presidente da Rede Paz e Segurança para as Mulheres do espaço da CEDEAO, Elisa Tavares Pinto, revelou que a Guiné-Bissau está neste momento a viver uma fase de reconstrução e de estabilização, apoiado pela missão da ECOMIB e da comunidade internacional com o objetivo de tirar o país progressivamente das instabilidades cíclicas que perduram há dezenas de anos.

Por: Aguinaldo Ampa

Foto: A.A 

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