José Mário Vaz: “ALGUNS ATORES INTERNOS E EXTERNOS PRETENDEM IMPOR-NOS TUTELA INTERNACIONAL E HIPOTECAR A SOBERANIA”

O Presidente da República, José Mário Vaz, afirmou na noite desta quinta-feira, 31 de outubro de 2019, que o país atravessa um dos momentos mais decisivos da sua história recente para de seguida denunciar que após 46 anos da independência, alguns atores internos e externos pretendem impor-nos uma espécie de “tutela internacional”, hipotecando a Soberania e impedindo os guineenses pensar pelas próprias cabeças e  caminhar com os próprios pés.

José Mário Vaz falava na cerimônia de tomada de posse do elenco governamental que será liderado por Faustino Fudut Imbali, realizado no Palácio da República sem a presença do poder judicial, organismos internacionais e corpo diplomático acreditado no país. 

Na ocasião, Chefe de Estado guineense disse no seu discurso que o momento que vivemos é “grave”, razão pela qual ao novo governo de cariz “patriótico” é incumbido uma tarefa imediata e fundamental que é garantir inadiavelmente a realização das eleições presidenciais no dia 24 de novembro do ano em curso, com absoluta garantia de isenção, transparência, integridade, não ingerência nos assuntos e competências da Comissão Nacional de Eleições, órgão independente encarregue da gestão eleitoral.

José Mário Vaz, assegurou que o atual governo chefiado por Fudut Imbali tem como objectivo fundamental combater sem tréguas o tráfico internacional de droga, adiantando que nos últimos cinco anos, já estavam a conseguir erradicar a presença de narcotraficantes no país, mas com os últimos dois governos, esta prática nefasta voltou a invadir o país de forma galopante.

“Eu venho instar o Primeiro-ministro e o seu governo a tudo fazerem para que esta campanha eleitoral seja um campo de confrontação de ideias e de projetos para o bem do nosso País. Hoje estamos perante uma nova maioria parlamentar, consubstanciada no acordo de incidência parlamentar de três partidos nomeadamente MADEM, PRS e APU. Esta incidência visa salvar a Guiné-Bissau das garras de interesses obscuros que querem aprisionar e sem benefícios para o nosso povo e transformar o nosso país num paraíso para o tráfico de droga e outras práticas ilegais”, enfatizou.

Importa salientar que o governo que será liderado por Faustino Fudut Imbali é composto por 17 pastas ministeriais, 14 secretarias de Estado,  composto por 24 homens e 7 mulheres.

Neste governo o Movimento para Alternância Democrática (MADEM G-15) detém 7 pastas ministeriais e 5 secretarias de Estado, o Partido da Renovação Social (PRS), com 5 pastas ministeriais e 6 secretarias de Estado e Assembleia do Povo Unido-Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB) tem 3 pastas ministeriais e 2 secretariais de Estado e duas pastas ministeriais do Presidente da República, José Mário Vaz.


Por: Aguinaldo Ampa

Foto: Marcelo Na Ritche

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