GOVERNO DE MARROCOS QUER INVESTIR NA AGRICULTURA GUINEENSE

O Ministro de Agricultura e Pesca do Reino de Marrocos Aziz Akhannouch garantiu na terça-feira passada, 06 de Setembro 2016 em curso, a “O Democrata” que depois da visita da sua Majestade Rei do Marrocos ao nosso país, o seu governo recebeu a visita de uma delegação de empresários guineenses que percorreram todas as cidades marroquinas mais importantes nas actividades de Agricultura com a qual o seu Ministério definiu um programa de desenvolvimento agrícola para a Guiné-Bissau.

Aziz Akhannouch que esteve também em Bissau disse que os referidos projectos estão neste momento em fase de estudo entre as autoridades dos dois países e que brevemente comunicará ao seu homólogo guineense da situação real deste acordo de investimento agrícola.

Não especificando se a delegação dos empresários nacionais que deslocara a Marrocos são do Projecto Terra Ranka ou do Projecto Mon-na-Lama, limitou-se a garantir que o projecto do desenvolvimento que o seu governo definiu com a referida delegação de empresários nacionais está bem encaminhado a nível de estudos de viabilidade e que estão neste momento a procura de fontes de rendimentos para a mobilização de verbas necessárias para o seu financiamento.

Também sem querer pronunciar-se sobre a crise parlamentar que abala neste momento o nosso país, o governante marroquino referu-se que assim que estiverem reunidas as condições em Bissau o seu Ministério retomará o contacto com empresários nacionais.

“Agora estamos a estudar os projectos agrícolas que definimos com a delegação empresarial guineense, os estudos estão bem encaminhados e precisamos de financiamentos para sua implementação”, explicou a “O Democrata”, acrescentando de seguida “vamos comunicar brevemente aos empresários e ao governo da Guiné-Bissau o resultado dos estudos sobre os projectos e o apoio ao investimento que conseguimos obter para a implementação deste interessante projecto, que é igualmente vital para a cooperação agrícola entre os nossos dois países africanos”.

Aziz Akhannouch que implementou em Marrocos plano de Agricultura Verde também manifestou bastante preocupado com a questão da adaptação de Agricultura nos países Africanos, garantindo que esta questão será, sem margem para dúvida, um dos temas que os Ministros africanos de Agricultura abordarão no Cop 22 que decorrerá, na cidade marroquina de Marraquexe, no próximo mês de Novembro de 2016.

O titular da pasta de Agricultura e Pesca de Marrocos confirmou aos jornalistas africanos que os 27 Ministros de Agricultura dos países africanos já confirmaram a sua presença no Cop 22 na cidade de Marraquexe. No seu entender, “se adaptação é uma das questões fundamentais para agricultura africana, os governantes devem agir no sentido de poder preservar água e proteger oásis, porque muita água não é boa e pouca também não é boa”.

Segundo Akhannouch, os países e os governantes africanos deverão ter uma hierarquia de prioridades nesta sua luta contra as mudanças climáticas. Assim sendo, Aziz Akhannouch considerou a Segurança Alimentar como uma das prioridades para o continente uma vez que contribui no combate à pobreza.

GOVERNO DE MARROCOS GARANTE SEGURANÇA PARA A REALIZAÇÃO DE COP 22 EM NOVEMBRO

Por seu lado, o Ministro de Interior de Marrocos, Chakbi Draiss, assegurou aos jornalistas que acompanham de perto os preparativos para Cop 22 que terá lugar em Novembro deste ano na cidade marroquina de Marraquexe que o seu Ministério já fez todo o trabalho necessário para garantir a segurança de todos os países do mundo que participarão no Cop 22. Diz não haver dúvida que no dia 15 de Outubro o governo marroquino abrirá todos os locais e espaços onde irão decorrer os trabalhos e as actividades dos especialistas mundiais sobre as mudanças climáticas.

“Vamos cobrir completamente a cidade de Marraquexe com os homens da segurança nacional e internacional. Não podemos dizer que não vai haver risco para os participantes, mas podemos vos garantir que haverá segurança necessária para a realização do Cop 22 aqui em Marrocos”, defendeu Chakbi Draiss.

“Houve aqui em Marrocos uma reforma da religião. Acabamos com as Mesquitas de islão radical. Por outro lado, o Instituto Mohamed VI forma os Imames não radicais. Os Imames formados em Marrocos são todos moderados e tolerantes e introduzimos também nas escolas o ensino do islão moderado para as crianças”, explicou o ministro do Interior do Reino de Marrocos.

 

 
Por: António Nhaga
Enviado Especial a Cop 22

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