PRS REAGE A RECUO DO PAIGC FACE AOS 15 DEPUTADOS EXPULSOS DO PARTIDO

O Partido da Renovação Social reagiu esta sexta-feira, 30 de setembro 2016, ao recuo do PAIGC  que pede reconciliação com os 15 deputados dissidentes e expulsos do partido, como forma de assumir a sua responsabilidade de construir “a nação prometida”.

Na visão do PRS, o “súbito arrependimento” revelado por Domingos Simões Pereira, em conceder perdão e reconhecer a capacidade de recuperação do homem, que apesar de bem-vinda, provocou paralisia das instituições por mais de um ano.

“Essa estratégia do caminho de reconciliação, agora apontada, que afinal já se conhecia há mais de um ano, vem, claramente,  mostrar, como várias vezes  o PRS tem repetido que, o verdadeiro  fator da instabilidade, tem origem na desastrosa gestão da direção do PAIGC”, realça.

Neste sentido, os renovadores dizem esperar que a inciativa do líder do PAIGC fosse sincera porque, segundo o partido, “só será inteiramente aplaudida pelo Partido da Renovação Social, se for extensível a todo povo guineense que injustamente tem sofrido com a crise política”, sublinha, com a esperança de ver a iniciativa proporcionar uma nova era de relações interinstitucionais, para trazer de volta a paz e a estabilidade.

Em relação ao último acórdão do Supremo Tribunal Administrativo, que indeferiu a ação judicial intentada pelo Governo de Baciro Djá, o PRS aconselha as partes a acatarem as decisões do diploma judicial e não proceder de contrário ao que chama de “ useiro e vezeiro o comportamento de PAIGC de não acatar decisões judiciais que  não lhe agrade ou não lhe seja favorável”, nota.

Todavia, a apesar dessa sua posição, o partido diz reservar a sua dúvida e estranheza sobre se uma reunião da plenária do STJ de onze (11) juízes, onde a lei exige presença mínima de quórum de nove (9), ou seja, 4/5 de juízes, apenas seis (6) podem validar uma decisão. Dúvidas que o PRS espera serem esclarecidas depois da interposição de um recurso.

Recordamos que no passado dia 28 de setembro, O Democrata teve acesso a um comunicado  do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde, com uma posição de recua e a intenção de reagrupar a família dos libertadores.

A intenção, segundo os libertadores, é resultante do último apelo do presidente dessa formação política feito na comemoração dos sessenta anos da sua criação e na reunião dos órgãos superiores nomeadamente do Bureau Político e Comité Central do partido, no âmbito da comemoração de ‘’setembro vitorioso’’.

Em comunicado, o partido solicita os 15 dirigentes dissidentes e expulsos do PAIGC a comparecerem num primeiro encontro a realizar-se de 3 a 5 de outubro, para reaproximar as partes desavindas.

O argumento apresentado pelo partido assenta-se no facto de que, “não há nenhum mal irremediável e que nenhum homem é incapaz de se recuperar”.

Neste sentido, o PAIGC diz estar disposto a todos os sacrifícios e concessões para resgatar o direito e a responsabilidade de construir a nação prometida.

 

 

Por: Filomeno Sambú

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