O primeiro Vice-Presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Carlos Correia, alertou esta terça-feira, 8 de novembro 2016, que se houver uma pequena “mudança” por parte do Presidente da República, mesmo uma vírgula, o acordo de Conacri tornar-se-á caduco ou deixará de existir.
À saída de audiência de auscultação na Presidência da República, Carlos Correia disse que se o José Mário Vaz não nomear a figura consensual retida em Conacri estará a violar o acordo ou a especular.
Por outro lado, o Secretário Geral do Partido da Renovação Social (PRS), Florentino Mendes Pereira, assegurou que o seu partido está pronto para respeitar o acordo proposto pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
Neste sentido, informou que o PRS iria remeter ainda ontem, 08 de novembro, ao Chefe de Estado a sua posição por escrito.
“Se o PRS aceita assinar o acordo de Conacri é porque já cedeu. As pessoas bloquearam as instituições e nós não fomos para outra via de resolução deste problema, pactuamos pelo diálogo, mas podíamos estar a reivindicar o direito que nos assiste e confirmado pela Constituição e o Supremo Tribunal de Justiça”,notou.
Braima Camará, representante do grupo dos “15”, explicou que qualquer pessoa que for indigitada entre os três nomes propostos para o cargo do Primeiro-ministro terá apoio incondicional do grupo dos 15 deputados expulsos do PAIGC.
“Temos a consciência clara de que é chegado o tempo para pôr o país em primeiro lugar, para que possamos trazer definitivamente a paz e estabilidade rumo ao desenvolvimento sócio económico do nosso país˝ assinalou.
Por seu lado, o líder do Partido da Convergência Democrática (PCD), Vicente Fernandes, continua a defender que cabe ao PAIGC propor o nome do novo Primeiro-Ministro enquanto formação política que obteve a maioria dos votos nas urnas.
“Chegou-se a um consenso em Conacri sobre um dos três nomes propostos pelo Jomav, portanto esperamos que ele [PR] nomeie o dito Chefe do governo para que possamos cumprir o acordo de Conacri”, explica.
O Presidente do Partido Nova Democracia (PND), Mamadu Iaia Djaló, espera reunir os órgãos do seu partido para analisar a proposta do Presidente e consequentemente transmiti-la ao chefe de Estado.
Para Agnelo Augusto Regalla, presidente União para Mudança (UM), não há motivos para o Presidente da República violar o acordo, porque “o nome do consenso obtido na Guiné-Conacri foi o de Augusto Olivais”.
Por: Aguinaldo Ampa

















