Atualizada: Luís Campos Ferreira “Portugal é forte Aliado da Guiné-Bissau”

O secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação português, Luís Campos Ferreira, disse essa madrugada de terça-feira, logo a sua chegada ao país que, Portugal é um “forte aliado” da Guiné-Bissau, “empenhado” no regresso da Guiné-Bissau à ordem constitucional.
É o primeiro governante europeu a visitar oficialmente o país depois o golpe de Estado de 2012 e chegou ao aeroporto internacional de Bissau na madrugada desta terça-feira para uma estada de dois dias em que vai assistir à tomada de posse do novo parlamento guineense a 17 de junho de 2014.
Além de encontros com autoridades nacionais, diplomata português vai cumprir uma agenda de trabalho com vista a desenvolver e aprofundar programas de cooperação, que apesar de relações difíceis entre dois países, alguns dos quais continuaram no terreno para apoio à população, refere o próprio Luís Campos Ferreira.
“É um cenário político muito forte de que Portugal é um aliado “ muito forte” da Guiné-Bissau. Está muito “empenhado” nesse novo ciclo do regresso do país à ordem constitucional. No segundo plano, vamos desenvolver uma agenda de trabalho no sentido de desenvolver e aprofundarmos alguns programas que, apesar de relações de cooperação difíceis entre dois países, mas nunca largamos, tivemos sempre a apoiar a população”, explicou o diplomata português.
Na agenda, o governante tem “um embrulho alargado de reuniões com individualidades” para aprofundar os programas que podem ser desenvolvidos e quais as áreas que precisam de mais apoios: “na saúde, educação, capacitação da administração pública ou noutras que as novas autoridades entendam ser necessário”.
COOPERAÇAO COM ANP
No capítulo da cooperação, Luís Campos Ferreira abre a possibilidade de no futuro poder haver uma cooperação recíproca entre Assembleia da República portuguesa e a Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau nas mais diversas áreas que as partes entenderem ser necessário.
De acordo com o governante português, “este apoio vai permitir a Assembleia Nacional Popular (ANP) guineense ser mais moderna, mais próxima das pessoas, mais produtiva e mais capaz”.
“Todos temos que aprender uns com os outros. Eu próprio farei que haja cooperação nas mais diversas áreas entre dois parlamentos, para que a Assembleia Nacional Popular seja mais moderna, mais próxima das pessoas, mais produtiva e mais capaz”, notou.
“Portugal tem algumas coisas para a apoiar a Guiné-Bissau, mas a Guiné-Bissau também tem muito para ajudar e apoiar Portugal. E é nesse sentido que vamos trabalhar para que em conjunto de mãos dadas, acreditando que agora sim está aberto novo capítulo e que este capítulo nunca mais vai ser fechado”, realçou.
Luís Campos Ferreira saído de um encontro com o novo Presidente da Assembleia Nacional Popular, Cipriano Cassamá, hoje investido no cargo realça ainda a confiança demonstrada pelos deputados em novo presidente do hemiciclo guineense, Cipriano Cassamá.
O diplomata acredita que “ os deputados guineenses querem a paz e querem que a Assembleia Nacional Popular contribua de uma forma decisiva para o progresso social do país”.
Um espaço que o próprio chamou de “espaço plural” aberto de diálogo, mas sobretudo onde se gere consensos sobre as grandes questões da vida nacional, “por isso lhe deram 94 por cento dos votos”, porque encontram “no vosso presidente”, o melhor intérprete, mais capaz para conseguir promover essa discussão, a pluralidade e ao mesmo tempo conseguir fazer a síntese de encontrar esses consensos” enfatizou.
CASO TAP
Quanto à Transportadora Aérea Portuguesa(TAP) que em dezembro de 2013 suspendeu a rota entre Bissau e Lisboa nos dois sentidos depois de a tripulação ter sido coagida por forças de segurança guineenses a levar 74 passageiros ilegais para Lisboa, Luís Campos Ferreia não esconde a vontade do seu país em retormar o mais rápido possível os voos diretos da TAP entre Lisboa e Bissau.
“ É muito importante retomar os voos diretos entre Lisboa e Bissau. E essa é também uma das prioridades para nós e que temos que colocar agora em cima da mesa, mas será necessário que as novas autoridades de Bissau dêm garantias necessárias e depois a operadora aérea TAP decidir em conformifdade com as autoridades portuguesas”,explicou.
Sem ligações diretas para a Europa, não há agora outra alternativa que não passe por várias horas de voo com escalas noutros aeroportos de outros países para ligar as duas capitais, Bissau-Lisboa.

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Por: Filomeno Sambú

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