Estudante guineense na Universidade Federal de Ceará, Brasil, Ricardo João Lima faz parte de um grupo de cinco jovens universitários que criaram um aplicativo gratuito DoeSempre com propósito de incentivar a doação de sangue no Estado de Ceará [na República Federal de Brasil]. Lima foi também o único africano a fazer parte da iniciativa. O aplicativo segue as recomendações necessárias da Organização Mundial da Saúde (OMS), também, o aplicativo possui uma seção informativa que explica sobre a doação de sangue, de plaquetas e de medula.

Segundo site brasileiro ‘tribunadoceara’, o projeto foi desenvolvido durante uma disciplina da universidade, a startupse trata de um aplicativo gratuito que reúne doadores e pessoas que estão precisando de doação num único local. No aplicativo, cada usuário tem o seu perfil, de onde é possível criar campanhas em nome de alguém que recebeu ou que está precisando de doações de sangue. O aplicativo possui uma timeline onde apresenta as campanhas, de forma que estejam acessíveis aos potenciais doadores.

“Já teve gente perguntando se o projeto ‘DoeSempre’ vai ser implementado na Guiné. Acredito que sim, pois faz parte dos meus sonhos. Enfim, para não parecer limitado, enumero aqui alguns. Penso desenvolver no futuro na Guiné-Bissau alguns aplicativos, nomeadamente: Aplicativo para monitorar focos de doenças; para denunciar violência doméstica; para alertar áreas de desperdício de água e falta de energia, entre outros”, contou o jovem informático a’O Democrata, que entretanto, avançou que de momento não pensa voltar ainda ao país, porque pensa fazer o Mestrado na sua área de formação.

 

BIOGRAFIA

Ricardo João Lima nasceu a 22 de Setembro de 1990, em Bissau. Fez o ensino complementar no Liceu Nacional Kwame N´krumah, em Bissau. Beneficiou de uma bolsa de Estudo do Programa de Estudante Convênio de Graduação (PEC-G), para o Brasil em 2012.

Iniciou o curso de Engenharia de Software pela Universidade Federal do Ceará – UFC. Atualmente está no 9º semestre de curso de Ciências da Computação (equivale a 4 anos e meio) na mesma universidade.

Está ainda no chamado ‘TI2EA Extensão Universitária’ – Projeto destinado a Utilização da Tecnologia da Informação na Adaptação e Capacitação de Estudantes Africanos no estado do Ceará. O estudante informático guineense conseguiu ainda fazer alguns cursos, nomeadamente: Java Avançado Sistemas Web com Spring; Java Script e Bootstrap; Técnicas de Invasão; JPA e Hibernate; Android Studio Avançado e PHP.

 

 

Por: Redação