Reação ao espancamento: MOVIMENTO MCCI REAFIRMA DETERMINAÇÃO EM DEFESA DE VALORES DA DEMOCRACIA NO PAÍS

O Movimento dos Cidadãos Conscientes e Inconformados (MCCI), reafirma sua determinação pela defesa dos valores da democracia e cidadania na Guiné-Bissau. A posição do movimento foi avançada hoje em Bissau por um dos seus membros, Sumaila Djaló, através de uma conferência de imprensa conjunta com o presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, Augusto Mário da Silva.

A reação do movimento e da liga que decorreu na ‘Casa dos Direitos’, sede da liga, visa demostrar a preocupação daquela organização de defesa dos direitos humanos face a agressão física contra o porta-voz do MCCI, Lesmes Monteiro. Os ativistas apelam as autoridades, em particular o Ministério do Interior a assumir a sua responsabilidade de garantir a segurança aos cidadãos guineenses.

Sumaila Djaló disse na sua comunicação que o movimento está cada vez mais determinado em defender os valores da democracia e cidadania na Guiné-Bissau.

“Podem entender que quando nos espancarem podem nos calar ou se nos matarem podem nos parar, estão enganados! Pois, não está em causa uma pessoa em particular, mas sim, um grupo de jovens determinados a lutar contra a máfia política que o país está a sofrer desde a sua independência”, notou o activista.

Djaló aproveitou ainda o encontro com a imprensa para informar que a marcha projetada para o próximo dia 22 deste mês ainda está de pé.

AUGUSTO MÁRIO: ‘ATOS DE VIOLÊNCIA VISA AMEAÇAR A DEMOCRACIA E O ESTADO DE DIREITO’

O Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, Augusto Mário da Silva disse estar
preocupado com o ato de violência que classifica de gratuito, executado em nome dos interesses ocultos e mesquinhos.

Assegurou ainda que o ato da violência que se assiste nos últimos tempos visa simplesmente neutralizar pluralidade do pensamento e fazer calar as vozes críticas da sociedade. Acrescentou neste particular que os atos da violência visam igualmente ameaçar a democracia e o Estado de Direito.

“A violência tomou uma nova forma na Guiné-Bissau que é a da perseguição das pessoas até a sua casa na calada da noite, onde se usa a máscara para espancar uma pessoa e se for o caso para o matar. Por isso, as autoridades do país e em particular o Ministério do Interior têm uma responsabilidade grande de assegurar a integridade física dos cidadãos, que é a sua missão através das suas forças”, notou o
activista.

Augusto Mário disse que atos da violência
deste género não dignificam o povo guineense, sublinhando a necessidade de a sociedade ser muito mais exigente para censurar qualquer ato da violência e resistir contra qualquer outra forma de implantação de medo e do terror na Guiné-Bissau.

“Povo guineense resistiu as tentativas da divisão. Não podemos deixar que nos dividam! Devemos manter coesos e unidos. Devemos defender os valores da nossa pátria. Unamo-nos numa única voz para condenarmos quaisquer atos da violência contra os nossos compatriotas”, observou o activista.

 
Por: Assana Sambú e Alcene Sidibé

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