Crise Política: CPLP AFIRMA QUE GUINÉ-BISSAU CONTINUA DIVIDIDO E NEM ELEIÇÕES VÃO RESOLVER  PROBLEMA

A secretária executiva da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Maria do Carmo Silveira, afirmou que a Guiné-Bissau permanece dividida e nem a realização de novas eleições vai resolver o impasse político do país.

“A situação na Guiné-Bissau é muito complicada. É um país que infelizmente vive uma situação de crise política que se arrasta há muitos anos, que não se resolveu com eleições. Fica sempre esta dúvida, mas a situação é de tal forma complexa que só os guineenses podem encontrar uma saída”, disse ontem, 20 de julho, em entrevista à Lusa.

Maria do Carmo Silveira, que está em Brasília onde participou quarta-feira (19 de julho) na reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros do bloco lusófono, contou que na última visita ao país africano, no passado mês de Abril, constatou muito ressentimento e falta de diálogo entre a liderança da Guiné-Bissau.

“Encontrei um país muito dividido, em que há uma situação muito complicada, que exige que os principais atores políticos se sentem a mesa, dialoguem e encontrem uma saída. Fiquei com a impressão de que ainda há ressentimentos muito profundos”, afirmou.

“Ainda existe uma dificuldade em criar uma plataforma para o diálogo. A saída da situação exige e é isto que está a ser difícil. Encontrei posições muito extremadas que estão a inviabilizar este diálogo”, concluiu a secretária da CPLP.

A responsável frisou que, mesmo à distância, a CPLP vai continuar a acompanhar a situação na Guiné-Bissau.

A crise política neste país africano complicou-se desde as últimas eleições, com um afastamento entre o partido vencedor das legislativas, o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e o Presidente da República, José Mário Vaz.

Além da falta de diálogo entre as diferentes lideranças, a polícia voltou a impedir a manifestação do movimento de cidadãos inconformados com a crise política, agravando ainda mais o quadro de instabilidade.

A situação política da Guiné-Bissau está entre os temas em debate na reunião de chefes da diplomacia da CPLP.

A organização lusófona completou 21 anos esta semana e integra Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

O Brasil ocupa a presidência rotativa do bloco desde a XI cimeira da organização, em Brasília, no final de Outubro de 2016.

 

 

Fonte: Lusa

 

1 thought on “Crise Política: CPLP AFIRMA QUE GUINÉ-BISSAU CONTINUA DIVIDIDO E NEM ELEIÇÕES VÃO RESOLVER  PROBLEMA

  1. concordo que situação politica da GB é de tal forma complexa. mas nao que nao deve ser só os guineenses poderem encontrar uma saída”, poque o pais na vedade nao esta isolado mas sim faz parte sim das divesas organizaçoes sub Regional, Continental e Mundial pelo que a todo custo requer a intervençao das referidas na busca das saidas ou salvo essa declaraçao quer mostrar ao mundo que os dirigentes Guineenses meterao o pais no isolamento. se este for o caso o favor de declararem uma vez por toda a nao participaçao do pais nas Cimeiras ou encotro das organizaçoes como a de CPLP ate a resoluçao complecta da crise. Este sim podia ser uma forma de ajudar para que cada pais principalmente GB passar a respeitar as contribuiçoes ou decisoes das organizaçoes como a de CDEAO;UA;CPLP;ONU;etc

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