As autoridades portuguesas vão apoiar a Guiné-Bissau na prevenção de ébola e outras epidemias, com o envio de quinze (15) toneladas de medicamentos nos próximos dias, anunciou esta quarta-feira o primeiro-ministro Domingos Simões Pereira.
O envio de medicamentos surge após as autoridades sanitárias terem lançado um pedido para reposição do ‘stock’ de medicamentos tendo em vista um programa de emergência para a epidemia de ébola que assola a África Ocidental, referiu Simões Pereira.
A ajuda deve chegar ao país “nos próximos dias”, acrescentou Domingos Simões Pereira depois de ter tratado do assunto com as autoridades durante a passagem pela capital portuguesa.
Seis médicos recém-formados e dois técnicos do Ministério da Saúde Pública do país ligados à água e saneamento receberam este mês formação de cinco dias sobre a prevenção e cuidados a ter com o vírus.
A equipa está apta a deslocar-se rapidamente a qualquer parte do país para dar atendimento em caso de suspeita de contágio.
A formação foi dada por uma equipa espanhola da organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) que estava na capital guineense para lidar com temas ligados à saúde das crianças, mas ofereceu às autoridades os seus préstimos na área do Ébola.
A epidemia, surgida no início do ano, foi declarada primeiro na Guiné-Conacri, antes de se estender à Libéria e depois à Serra Leoa, dois países vizinhos que, a 23 de julho, totalizavam 1.201 casos e 672 mortes, de acordo com o último balanço da Organização Mundial de Saúde.
O vírus do Ébola transmite-se por contacto direto com o sangue, líquidos biológicos ou tecidos de pessoas ou animais infetados.
A febre manifesta-se através de hemorragias, vómitos e diarreias.
A taxa de mortalidade varia entre os 25 e 90% e não é conhecida uma vacina contra a doença.

Fonte: Lusa