JOMAV INSTAURA QUOTA ÉTNICA NO BATALHÃO PRESIDENCIAL

DSC_0035O novo Presidente da República, José Mário Vaz, decidiu instituir o princípio da quota étnica na composição do batalhão de asseguramento da Presidência da República. Fontes bem colocadas na Presidência guineense informaram a’O Democrata que o Chefe Estado em concertação com as chefias militares já ordenou a constituição de listas de efetivos de segurança em função do grupo étnico.

De acordo com as mesmas fontes, o Chefe de Estado terá afirmado nas reuniões com os militares que a medida é inegociável e visa constituir um batalhão modelo no Palácio. O jornal O Democrata apurou ainda que o Jomav já recebeu da Ministra da Defesa Nacional, Cadi Seidi, as listas nominais do pessoal de segurança com base em grupos étnicos. A correspondência assinada pela titular da Defesa, datada de 24 de julho de 2014, contém 10 elementos por cada etnia.

No documento consultado pel’O Democrata, os grupos étnicos como Papéis, Manjacos, Balantas, Mancanhas, Fulas, Nalus possuem número de efetivos solicitados (10 unidades); entretanto as outras etnias nomeadamente Padjadincas, Cassancas, felupes e Banhune não completaram o número de dez unidades exigidas pelo novo Chefe de Estado. Para completar as lacunas, avançam os nossos informadores, o Presidente da República terá ordenado que as mesmas sejam preenchidas por mulheres.

Em consequência desta medida, vários agentes estão a ser transferidos para outras unidades militares, indicam as fontes, acrescentando que na Guarda Presidencial o Jomav decidiu integrar parte significante da sua guarda pessoal durante a campanha eleitoral.

Interrogados sobre a base legal da medida do Presidente, as nossas fontes afirmam que de momento nenhuma disposição legal no arsenal jurídico nacional prevê a composição ou recrutamento nas instituições republicanas segundo o critério étnico. As fontes d’O Democrata informam ainda que o Jomav prentende com a nova medida criar um equilíbrio étnico no aparelho de defesa e segurança guineense.

Importa salientar que os Balantas constituem uma maioria nas forças armadas guineenses enquanto que os Mandingas são maioritários na segurança.

Por: Redação

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