O Reitor da Universidade Amílcar Cabral (UAC), Fodé Abulai Mané, exortou o governo da Guiné Bissau, este domingo 20 de janeiro de 2019, a dar mais atenção à formação de quadros, porque a maior riqueza de que nosso país pode dispor, não é peixe nem castanha de cajú, mas somos nós, os guineenses.
Fodé Abulai MANÉ falava na cerimónia da comemoração do dia do patrono da Universidade Amílcar Cabral, 20 de janeiro, que igualmente é celebrado como dia dos heróis nacionais, nas instalações daquela universidade pública.
Na ocasião, Fodé MANÉ disse que a instituição que dirige está com dificuldades em estabelecer parcerias com outras instituições, tendo em conta a interpretação das prioridades do país em termos das necessidades formativas.
“Oficialmente afirma-se que a prioridade do país no setor do ensino é o ensino básico, o que origina a falta de investimentos e de parcerias no domínio da formação superior. Não existe nenhum parceiro com projeto permanente na área da formação superior, ficando este setor a mercê das boas vontades e dos esforços das pessoas nelas colocadas, alguns até apenas acidentalmente”, advertiu Fode Mané.
Em representação do ministro da Educação Nacional, Paulina Mendes, Diretora do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas, assegurou que se as autoridades nacionais quiserem o progresso da Guiné-Bissau, é urgente que reforcem o sistema de ensino superior nacional, melhorando as infraestruturas e as qualificações do pessoal docente.
Paulina Mendes adiantou que, para alcançar essas metas, é necessário um investimento avultado e criterioso, um investimento mais proveitoso e lucrativo, aquele que se faz em pessoas, por via das universidades, dando-lhes ferramentas para serem autónomas e criarem mais riqueza para o país.
“Amílcar Cabral dizia que devemos aprender nos livros, aprender na vida com as experiências dos outros e aprender sempre”. O recomeço das atividades académicas com a criação de novos cursos é um bom prenúncio para a Universidade Amílcar Cabral, porque o interesse público exige uma universidade com qualidade”, espelhou Paulina Mendes.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A
Na Guiné, apesar da pertinência da preocupação do Retor do UAC, e da representante do Ministério da Educação, nenhum governante não dá atenção, nem tão pouco o ensino básico que se considera prioritário, quanta mais o universitário.
É triste e lamentável a forma como o ensino está a ser encarado pelos sucessivas governos. Imagine só como o atual executivo pretende gerir o acordo que alcançou com os professores. Está a forçar os docentes voltarem para greve, sem medir as consequências que possam advir.
Temos uma campanha eleitoral à vista, que vai ser seguida pela campanha da recolha da castanha de caju. Mal os professores voltarem apararalizar o sector, praticamente o Ano Lectivo correrá o risco de ser comprometido independentemente do levantamento o não da greve.
O governante não deve ser nem vingador, quanto mais polémico Nele deve prevalecer sempre o diálogo e a constante procura de solução de problemas candentes do país.
Neste Miléna de várias objectivos perspectivas, a flexibilidade é a melhor qualidade que um governante deve ter para que o seu país não esteja no rabo do desenvolvimento humano, onde a educação apresenta elevado peso na sua classificação.