O líder da Assembleia de Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), Nuno Gomes Nabian, pediu às entidades encarregues do processo eleitoral que organizem umas eleições legislativas de forma justa, livre e transparente, tendo prometido ganhar o escrutínio no próximo domingo, 10 de março. O político fez estas observações durante um comício popular na Praça “Mártires de Pindjiguite”, vulgo Mon di Timba, para assinalar o fecho de 21 dias de campanha de mobilização de votos junto dos eleitores guineenses.
Os “apuanos” que concorrem em todos os 29 círculos eleitorais do país e na diáspora (África e Europa), aproveitaram o comício para apresentar aos eleitores algumas partes do programa eleitoral do partido. Militantes e simpatizantes dos apuanos provenientes de diferentes bairros da capital Bissau e de algumas cidades do país, vestidos de camisolas do partido e alguns com barretes vermelhos, entoavam diversas vezes com os dirigentes gritos de vitória daquela formação política.

Nabian disse na sua intervenção aos milhares de apuanos presentes no comício que a formação política que dirige não terá problemas nem dificuldades de reconhecer a vitória do PAIGC, do PRS ou MADEM-G 15, contudo pediu aos partidos que tenham também a humildade de reconhecer a vitória dos apuanos se esta formação for declarada a vencedora das eleições do domingo.
“Estamos confiantes na nossa vitória, porque conseguimos percorrer todo o território nacional para apresentar o programa aos eleitores e por isso estamos em condições de afirmar aqui que a vitória estará do nosso lado nestas eleições”, espelhou.
Acusou o presidente dos renovadores de andar a pedir aos eleitores para não votarem no seu partido (APU-PDGB) porque não têm dinheiro e ficarão no poder apenas para enriquecer-se e não pensar no país. Assegurou neste particular que o seu partido não tem dinheiro, porque a grande verdade é que não roubaram nada ao Estado da Guiné-Bissau. E acrescentou que os apuanos têm a moral de pedir aos eleitores para não votarem nos renovadores, dado que tiveram oportunidade de estar no poder e não fizeram nada. Perguntou se os renovadores, durante o período que fizeram nos sucessivos governos, se não teriam se aproveitado dos bens do Estado para se enriquecer.
Revelou por outro lado que o Presidente José Mário chegou a chamá-lo, juntamente com o atual líder do MADEM-G 15 Braima Camará e deputado Victor Mandinga, pedindo que integrassem o PRS e fazessem uma frente comum contra os libertadores (PAIGC). Lembrou que na altura disse ao Presidente República que ele é o líder dos apuanos, que não decidia sozinho razão pela qual não podia em nenhuma circunstância deixar os apuanos e ir associar-se a outra formação política.
O vice-presidente dos apuanos, Armando Mando, assegurou na sua intervenção que a APU-PDGB é uma alternativa do poder na Guiné-Bissau, porque é a formação política capaz de criar estabilidade política e governativa no país. Afiançou que se ganharem as eleições do domingo, jamais deixarão que lhes seja roubado o poder como aconteceu na última legislatura, frisando que se não ganharem as eleições, os guineenses poderão sossegar-se porque não assaltarão o poder como os outros partidos fizeram.
Assegurou que o seu partido defende no seu programa que o Procurador Geral da República deve ser eleito e não nomeado pelo Presidente da República, de forma a que possa garantir a independência do Procurador face à pressão dos políticos.
Por: Assana Sambú
Foto: A.S



















