JOMAV CONDENA JULGAMENTO DE ASSUNTOS DE ESTADO EM PÚBLICO

O Presidente da República, José Mário Vaz, teceu esta sexta-feira, 17 de maio de 2019, duras críticas quanto à forma como os assuntos de Estado são tratados e julgados em público. Numa clara alusão a pedidos de exoneração dos ministros do Interior e da Agricultura, Chefe de Estado confirma ter recebido do Primeiro-ministro, Aristide Gomes, os dossiês de pedido de exoneração dos dois governantes, e ao mesmo tempo lamenta a fragilidade das instituições ao ponto de um documento oficial ser balado em público e nas redes sociais, sem que haja ainda um pronunciamento oficial sobre o mesmo. Contudo, não foi claro se avançará ou não com um decreto para cumprir a proposta do Primeiro-ministro.

“Despacho da exoneração não se faz na praça pública por isso, não estou aqui para fazer nenhum julgamento sobre a matéria, porque não é possível documento sair na prematura para palácio e logo a seguir para as redes sociais”, lamentou Mário Vaz.

O Presidente guineense falava à imprensa no setor Contubuel, região de Bafatá, leste da Guiné-Bissau, onde ofereceu arroz, açúcar e combustível aos agricultores locais que desenvolvem atividades agrícolas, nomeadamente: a produção de arroz, no quadro de “Mon Na Lama”, tendo prometido para breve pronunciar-se sobre assunto.

Aristides Gomes pediu esta quinta-feira, a exoneração dos ministros da Agricultura e do Interior por envolvimento em atos morais juridicamente censuráveis. O líder do executivo justifica o pedido de exoneração de Nicolau dos Santos, por causa do seu alegado envolvimento no desvio do arroz doado pela China.

Em relação ao Edmundo Mendes, Gomes justifica o pedido por ter disponibilizado forças de intervenção rápida que impediram a execução da ordem de detenção do ministro da Agricultura e por ter ajudado o Ministério Público a arrombar o armazém da Polícia Judiciária, onde estava arroz apreendido.

Questionado pela imprensa para quando da nomeação do novo governo resultante das eleições legislativas, Vaz revela que a indicação do governo não depende somente do primeiro magistrado, mas sim de todos os guineenses para em conjunto encontrarem a solução para o impasse político no país.

Na sua explanação, o Chefe de Estado guineense pediu entendimento entre os guineenses no sentido de desenvolver a agricultura, o
principal caminho para o desenvolvimento da Guiné-Bissau.

Dois meses depois das legislativas, o Presidente guineense, José Mário Vaz, continua sem indigitar um primeiro-ministro, o que permitirá a formação de um novo governo. A polémica na eleição da nova mesa do parlamento guineense prolonga a crise política iniciada em 2015 e condiciona formação do executivo, sem data para sua investidura.

Nesta visita a região de Bafatá, JOMAV fez-se acompanhar do seu conselheiro para a área da defesa e segurança interna externa, Botché Candé, e alguns dos seus membros do gabinete.

O leque da ajuda  entregue pelo Presidente guineense integra 80 sacos de arroz, 90 sacos de açúcar e 1000 litros do combustível, esta última para ajudar no sistema de irrigação, ou seja, sacar a água de rio para campo agrícola.

Por: Filomeno Sambú

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