Cadi Seidi: “A REFORMA NO SETOR DE DEFESA E SEGURANÇA É PILAR IMPORTANTE NA GOVERNAÇÃO DO PAÍS”

A ministra da Defesa Nacional, Cadi Seidi, afirmou quarta-feira em Bissau que a reforma no sector de defesa e segurança é um dos pilares importantes na governação do país. A governante falava na abertura da conferência promovida pelo Instituto de Defesa Nacional sob lema “As forças armadas e o futuro”. O evento enquadra-se no âmbito da comemoração do quinquagésimo aniversário da criação das Forças Armadas Revolucionárias do Povo (FARP) durante o congresso de Cassacá em 1964.

A ministra Cadi Seide disse na sua intervenção que é chegado a hora de parar, reflectir e visionar para o futuro realístico em que a responsabilidade de avanço ou retrocesso do país cabe a todos guineenses.
A titular do Ministério de Defesa Nacional assegurou que a reforma no sector de defesa e segurança é também uma responsabilidade de todos os guineenses pelo que a participação nela é uma forma de contribuir para paz e estabilidade na Guiné-Bissau.
“A responsabilidade da reforma não cabe somente às forças de defesa e segurança mas também aos governantes, partidos políticos e ao povo guineense por forma a trabalharem para que haja paz, uma governação e diplomacia positiva”, defendeu.
Cadi Seidi disse estar esperançada que as forças armadas guineenses nunca mais se deixarão ser engajadas pelos políticos para traírem seu juramento pátrio e promete trabalhar para que a Guiné-Bissau possa sair do poço onde se encontra. Apelou aos militares a continuarem a trabalhar em prol do bem-estar do seu povo no respeito pelo seu juramento de defender a vida mesmo dando a própria vida.
Cadi disse ainda que o país não é monopólio de um grupo, de um partido, de uma religião, de uma etnia ou de género mas sim pertence a todos e cabe a cada um dar o seu máximo para que haja paz, estabilidade governativa com vista ao desenvolvimento socioeconómico sustentável.

Por seu lado, o presidente do Instituto de Defesa Nacional, Terêncio Mendes, salientou que a conferência visa buscar melhores soluções do relacionamento entre Estado, as forças armadas e a sociedade com vista a melhorar o funcionamento das instituições da República.
Segundo o responsável, na relação entre os três pilares onde se alicerça a edificação da democracia, deve basear-se em respeito mútuo e subordinação das forças armadas ao poder político instituído democraticamente , no reforço e melhoria das relações com a sociedade civil que é principal suporte e viveiro da instituição militar.
A conferência terá duração de dois dias e serão debatidos três temas nomeadamente: Congresso de Cassacá e criação das forças armadas; Relação entre Estado, Forças armadas e Sociedade Civil no Estado de Direito e Forças armadas ontem, hoje e que futuro?

Por: Rafaela Iussifi Queta

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