SIMÕES PEREIRA CONSIDERA DE “ESCÂNDALO” OS RESULTADOS DIVULGADOS PELA CNE E PROMETE AVANÇAR COM IMPUGNAÇÃO

O candidato derrotado no escrutínio do domingo, 29 de dezembro, Domingos Simões Pereira considerou de “escândalo” os resultados provisórios da segunda volta das eleições presidenciais divulgados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE). Pereira prometeu que vai avançar com a impugnação destes resultados que deram vitória ao seu adversário, Úmaro Sissoco Embaló, com 53,55 por cento de votos.  

O candidato apoiado pelo partido no poder (PAIGC), Domingos Simões Pereira, fez estas considerações em reação aos resultados preliminares divulgados pela CNE.

Simões Pereira disse que o povo guineense deu vitória a sua candidatura nas presidenciais, pelo que os resultados provisórios publicados pela CNE estão profundamente impregnados de irregularidades, nulidades, e manipulações que consubstanciam em um roubo.

“Viria aqui preparado para felicitar o meu adversário nessa segunda volta e pedir a nação guineense e os partidos que me apoiaram no sentido de aceitarem essa realidade. Quero confessar que vim aqui preparado para assumir que sou primeiro e principal responsável pelo resultado que obtemos, mas aquilo que eu vi, vive e senti no meu corpo e alma nas últimas 48 horas não tenho dúvidas que o povo guineense nos deu a vitória nesta segunda volta”, enfatizou.

O candidato derrotado, Domingos Simões Pereira conta ouvir  os seus conselheiros e entidades jurídicas, políticas e sociais, e depois avançar com um processo da impugnação dos resultados divulgados pela Comissão Nacional de Eleições no sentido de trazer limpeza e clareza a todos os eventuais elementos que contribuíram para adulterar e falsificar a vontade popular expressada nas urnas.

“Quero apresentar dois exemplos para ilustrar a nossa contestação: Primeiro, quando vimos apoiantes do candidato adversário na região de Oio, concretamente no sector de Bissarã, que não escondeu em fazer distribuição de dinheiros e campanha eleitoral em frente da mesa de assembleia de voto no dia da votação, beneficiando de um forte aparato militar que estava a lhe proteger. Um outro exemplo é quando verificamos, atas síntese no apuramento dos resultados, acabamos por constatar que em alguns círculos eleitorais números dos votantes é superior ao número dos inscritos para votar. Não é possível! Portanto, vamos lutar para desmascarar este atentado à soberania popular”, advertiu.

Por: Aguinaldo Ampa

Foto: A.A  

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *