Mensagem à Nação: PRESIDENTE SISSOCO APELA À UNIÃO ENTRE GUINEENSES PARA VENCER A PANDEMIA DO CORONAVÍRUS

O Presidente da República da Guiné-Bissau, Úmaro Sissoco Embaló, apelou à união e esforço de todos os guineenses para vencer a pandemia do coronavírus (Covid-19) que já causou milhares de mortes no mundo. O Chefe de Estado guineense fez este apelo no fim da tarde desta sexta-feira, 27 de março de 2020, na mensagem à nação sobre o Covid-19, na qual afirma que a Guiné-Bissau não está imune, dado que já foi registado dois casos de dois cidadãos estrangeiros infetados.  

“As experiências de outros países aconselham que idênticas medidas sejam tomadas, como forma de conter a propagaçãoda pandemia no país. Ciente de que a adopção de medidas restritivas que determinam a suspensão temporária dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos como forma de prevenir e combater esta pandemia pode dividir os guineenses, a ponto de alguns as considerar prematuras mas que se impõe serem tomadas de forma drástica” afirma o Presidente da República, justificando que se pretende  reforçar as medidas já tomadas para evitar a propagação no país”.

Eis na íntegra a mensagem à nação de Chefe do Estado da Guiné-Bissau:

Fidjus di Guiné!

A pandemia mundial ocasionada pelo vírus COVID-19, declarada pela Organização Mundial de Saúde, à 11/03/2020, e qualificada como uma emergência de saúde pública que a humanidade enfrenta, alastrou-se aos países vizinhos da sub-região, como o Senegal, a Gâmbia e a Guiné Conacri, e atingiu já o nosso próprio país, o que poderá constituir uma situação de calamidade Pública, se não forem tomadas medidas especiais que permitam controlar o impacto negativo deste flagelo a nível nacional e os seus efeitos na vida dos cidadãos.

Caros Compatriotas!

A Guiné-Bissau não está imune a esta realidade, registaram-se dois casos de 2 cidadãos estrangeiros infetados no nosso país. As experiências de outros países aconselham a que idênticas medidas sejam tomadas, como forma de conter a propagaçãoda pandemia no país.

Ciente de que a adopção de medidas restritivas que determinam a suspensão temporária dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos como forma de prevenir e combater esta pandemia pode dividir os guineenses, a ponto de alguns as considerar prematuras mas que se impõe serem tomadas de forma drástica. Mesmo assim, tratando-se da defesa do interesse nacional e da protecção de vidas humanas, entendi ser imperativo dar este passo, com vista a se reforçar as medidas já tomadas para evitar a propagação no país.

O sinal político que se pretende dar é uma afirmação de solidariedade institucional, de coesão, de determinação e confiança no combate ao COVID-19.

Caros Guineenses!

Só juntos poderemos vencer, por isso, lanço um apelo a todos os cidadãos para a tomada de consciência sobre a gravidade da situação.

Apelo ao espírito de cidadania, unidade e coesão nacional e patriotismo de todas e de todos.

Apelo à responsabilidade de cada um no sentido de se manterem em casa, evitar aglomerações de pessoas e que respeitem todas as medidas que venham a ser tomadas, nomeadamente, na restrição da circulação interna e internacional, nas concentrações humanas de maior risco.

Caros Compatriotas!

 “Nha ermons, fidjos di Guiné”!

Guiniensis, nô uni nô junta Mon nô Tadja è doença, mau,  perigoso ku kata odjadu”.

“Nô guerra, i contra um único inimigo qui COVID-19” – CORONAVIRUS ku ka kunsi raça, ku ka sibi si abó i pretu ou brancu, ku ka kunsi nin pobri, nin ricu, nin religion.

“más si nô djunta mon, nô na ganha é guerra”.

Porém, torna – se necessário dar uma cobertura constitucional às medidas de exceção que se revelem imprescindíveis adotar para combater esta Calamidade Pública, razão pela qual enquanto Presidente da República, entendo ser fundamental a declaração de Estado de Emergência. 

Caros Concidadãos Guineenses!


A presente declaração de Estado de Emergência limita-se ao estritamente necessário no que se refere à limitação de direitos, liberdades e garantias dos cidadãos e os seus efeitos terminarão logo que seja retomada a normalidade.

O Estado de Emergência ora decretado, irá durar 15 dias, no fim dos quais poderá ser renovado, se após avaliação, da evolução da pandemia, no terreno assim o aconselhar.

É declarado por conseguinte, o Estado de Emergência, com fundamento na verificação de uma situação de calamidade pública.

A declaração de Estado de Emergência abrange todo o território nacional;

Terá a duração de 15 dias, iniciando – se às 0:00 horas do dia 28 de março de 2020 e cessando às 24:00horas do dia 11 de abril de 2020, com exceção das renovações previstas na lei.

Guineenses!

Aproveito a ocasião para desejar rápidas melhoras e prontorestabelecimento as pessoas infetadas.

Encorajar o Governo, através da Comissão Interministerial, em conjunto com as Comissões Técnicas, incluindo as Forças de Defesa e Segurança, que se encontram na linha da frente desta luta titânica que estamos a travar, de dia e noite, contra este vírus, perigoso e invisível, que não tem cura, não tem vacina e que tem ceifado várias vidas desde Dezembro de 2019 até hoje.

Aproveito ainda esta ocasião para exprimir a minha gratidão à todas as forças vivas da Nação, os movimentos da sociedade civil, parceiros sociais e internacionais, movimentos de cidadãos, sector privado, líderes religiosos e autoridades tradicionais, pelo seu empenho nesta batalha para preservar a vida dos nossos concidadãos contra o vírus COVID-19.

Mobilizemo-nos todos, caros compatriotas guineenses, para lutar contra este vírus e proteger as nossas vidas e a saúde da Nação.

Com a união e o esforço de todos, venceremos o CORONAVÍRUS.

Viva a Guiné-Bissau!

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