No atual cenário da décor estético da política na Guiné-Bissau, torna-se cada vez mais difícil os semiólogos da política nacional compreender e provar a função das Variáveis Mediáticas em ajudar ou em desestabilizar a ação da política eleitoral de um candidato as eleições presidenciais. Porque, na verdade, os semiólogos da política eleitoral do nosso país ainda não têm uma metodologia bem definida para análise dos significados e significantes de uma campanha eleitoral nos Media. Ou seja os nossos semiólogos da política eleitoral não têm nenhum mecanismo para definir e para medir os efeitos das Variáveis Mediáticas sobre a formação da opinião dos eleitores governados nas eleições presidenciais.
Nunca levaram em consideração, nas suas análises, as Variáveis Mediáticas como fatores que podem promover na nossa esfera pública eleitoral diversas leituras e contradições na análise sobre a formação de uma opinião eleitoral favorável a uma candidatura e capaz de eleger um candidato as eleições presidenciais. Por outras palavras, são incapazes de utilizar as Variáveis Mediáticas dos Media para destrinchar a memória dos eleitores, no sentido de se saber em que momento exato os eleitores governados foram atingidos pelas narrativas discursivas eleitorais de um candidato. Também desconhecem por completo as reações e as interações dos eleitores depois dos Media e dos Jornalistas terem disseminado notícias sobre as candidaturas às eleições presidenciais. E todas as suas análises semióticas nos Media e no Jornalismo, na nossa esfera política nacional, baseiam-se numa mera suposição das características discursivas do candidato que perfilar a sua frente com o seu décor estético e não do olhar do significado e significante dos eleitores na esfera política eleitoral nacional.
Numa esfera pública da democracia dos eleitores governados, as Variáveis Mediáticas podem levar os candidatos às presidenciais a assumir o papel de um político com grande dimensão humanista e passar a ideia de uma pessoa capaz de revolucionar o desenvolvimento da sociedade e do país. Numa outras visão, as Variáveis Mediáticas produzem de forma diferenciada as emoções nos eleitores. E com as estratégias de “emocionalização” diferenciada, as Variáveis Mediáticas podem contaminar os eleitores fieis que vão rapidamente contaminar aos indecisos. O que faz com que os estes também organizem uma série de ações políticas que visam reforçar as suas atitudes e as suas preferências em relação ao candidato as presidências.
As Variáveis Mediáticas podem tornar viral, na esfera política eleitoral nacional, a narrativa política discursiva de um candidato ăs eleições presidenciais. Mas, os semiólogos da política eleitoral nacional nunca tiveram muito cuidado com o impacto perverso das Variáveis Mediáticas nas estratégias de “emocionalização” diferenciadas numa campanha eleitoral, numa esfera literária tão paupérrima como a nossa da Guiné-Bissau. Porque os eleitores governados têm enormes dificuldades de estimar corretamente a frequência com que se expõem às notícias de campanhas eleitorais. Por outro lado, os semiólogos políticos eleitorais não conseguiram até hoje ainda distinguir a diferença conceitual que existe dentre as varáveis exposição e recepção. A exposição é simples exposição dos eleitores governados a uma narrativa discursiva política de um candidato às eleições presidenciais. E a recepção exige dos eleitores governados uma atenção, uma compreensão e uma profunda retenção dos significados e significantes de uma notícia de campanha eleitoral de um candidato às presidenciais na Guiné-Bissau.
Teimosamente (semioticamente), os nossos semiólogos políticos eleitorais ainda não conseguiram abalizar de maneira clara e inequívoca, a forma como as Variáveis Mediáticas medem os níveis de exposições autodeclarados dos eleitores governados sobre as notícias dos Media e dos Jornalistas numa campanha eleitoral de um candidato às eleições presidenciais. Descuraram, por completo, da Atenção Política como uma das Variáveis Mediáticas eleitorais fundamentais para medir o nível da extensão da atenção dos eleitores governados em relação às notícias de campanhas eleitorais produzidas por um candidato às eleições presidenciais.
Infelizmente os nossos semiólogos políticos eleitorais desconhecem também o efeito do significado e do significante do índice de captação e da influência da Atenção Política nos eleitores governados numa campanha eleitoral num país, como a nossa Guiné-Bissau, com uma esfera política literária frágil com uma predominância temática semiose de consume doméstica.
Numa outra leitura possível, os nossos semiólogos políticos eleitorais olham apenas para o significado e significante do resultado final das urnas. Não se preocupam em analisar as funções das estratégias das Variáveis Mediáticas na eleição de um candidato às eleições presidenciais na Guiné-Bissau. Assim, nesta Era dos Desafios da Convergência dos Media, os nossos semiólogos políticos negligenciaram, e de que maneira, as funções das Variáveis Mediáticas na Re-Mediação de conteúdos de notícias eleitorais numa esfera política eleitoral não literária como a nossa da Guiné-Bissau.
Por: António Nhaga
Director-Geral/Editor principal



















