PR SISSOCO RECONHECE QUE GREVE É UM DIREITO CONSAGRADO NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA

O Presidente da República, Úmaro Sissoco Embaló, reconheceu esta segunda-feira, 09 de novembro de 2020, que a greve é um direito consagrado na Constituição  da República, que permite os trabalhadores fazerem pressão para melhorar algo que não esteja bem na administração.

Úmaro Sissoco Embaló falava aos jornalistas no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira, após o seu regresso da visita de 48 horas à Mauritânia a convite do seu homólogo. Aos jornalistas, Sissoco Embaló disse que em nenhum momento encarou os sindicatos como inimigos, de maneira que podem fazer paralisação como forma de chamar atenção ao governo no sentido deste melhorar o que não está correto.

Em relação a visita que o levou à Mauritânia, o chefe de Estado informou que durante a estada passou em revista a situação de cooperação existente entre os dois países, tendo  pedido ao seu homólogo para apoiar a Guiné-Bissau na área das pescas, sobretudo na vigilância marítima, tendo em conta a sua experiência nessa matéria, bem como na  formação dos técnicos. Segundo Embaló, a situação política a nível sub-regional também mereceu a análise entre os dois chefes de Estado.

“Guiné-Bissau dispõe de uma comunidade muito importante naquele país tal como a Mauritânia e atendendo essa aproximação entre as duas comunidades decidimos abordar essa componente como  forma de procurar mecanismo que possam facilitar a convivência entre os dois povos. A nossa comunidade em Mauritânia está com problemas de passaportes, cartões de residência e o pagamento de taxas que acham muito elevado. Outra dificuldade tem a ver com o estrangulamento de estudar  nas universidades públicas “, sublinhou.

Convidado  a pronunciar-se sobre a situação política da Guiné-Conakry após as eleições presidenciais, Embaló assegurou que a situação é inquietante, mas sublinhou a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) está a seguir o evoluir da situação na Guiné Conakry e quando chegar o momento certo a organização pronunciará sobre a matéria, através de uma cimeira, após uma análise profunda a situação.

“Não estou aqui para dar uma opinião, porque sabem qual é a minha posição em relação ao terceiro mandato de Alpha Condé, de maneira que não vou felicitar o Presidente eleito em nenhum momento, porque não estou de acordo com a forma como decorreu escrutínio na Guiné Conakry. Eu nunca pensarei no terceiro mandato, apenas dois e mesmo que houvesse a revisão constitucional, porque a nossa geração deve mudar a África”, referiu.

Por: Aguinaldo Ampa

Foto: A.A   

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