O DEMOCRATA ELEITO JORNAL MAIS LIDO NA GUINÉ-BISSAU EM 2020

As vezes o orgulho por demais é narcisismo ou egocentrismo desnecessário quando falamos do nosso trabalho, das nossas vitórias e das nossas conquistas jornalísticas, nesta era da convergência mediática do jornalismo e das redações deprodução de conteúdos de interesse público para o consumo do público governado na esfera pública nacional. 

Mas, também não deixa de ser verdade que devemos partilhar as nossas conquistas e as nossas vitórias com o nosso público leitor sobretudo quando elas advêm do trabalho de uma organização como o Centro de Estudos e Sondagens de Opinião Pública da Universidade Católica Portuguesa (CESOP), reconhecida internacionalmente pelos estudos sobre o uso e o consumo dos Media, que confirmou o nosso jornal, O Democrata, criado há menos de uma década, como o mais lido na Guiné-Bissau em 2020.

Num universo de dez jornais que circulam na Guiné-Bissau, O Democrata  acolheu a aceitação de 5,8 por cento dos entrevistados em todo o território nacional, colocando-se em primeiro lugar a frente de todos os jornais que circulam no nosso país. Alguns deles com mais de 40 anos no mercado. Ou seja, em dez jornais e revistas nacionais e estrangeiros que circulam no país, jornal O Democrata sozinho representa 40% de cota no mercado dos leitores da imprensa escrita na Guiné-Bissau.

Na verdade nós, assim como o nosso público leitor, reconhecemos que não foram com palavras simpáticas de circunstância que a população da Guiné-Bissau colocou o Democrata como o primeiro jornal mais lido em todo o território nacional. Aliás, na verdade o próprio CESOP não está interessado em vender a sua imagem e a sua credibilidade académica para colocar, com palavras simpáticas de circunstância, o Democrata como o jornal mais lido em todo território nacional. 

O CESOP fez, como lhe competia, aliás como sempre fez nosinquéritos que realiza sobre uso e consumo de informação em todos países do mundo, um árduo trabalho técnico-científico em todo o território nacional que terminou com a opinião pública nacional a qualificar o jornal o Democrata como o mais lido em 2020.

O Democrata foi fundado em 2012, um ano muito conturbado politicamente e no mundo do jornalismo. Se na Guiné-Bissau vivíamos em pleno as consequências imprevisíveis do golpe Estado de 12 de Abril, no mundo do jornalismo internacional, os Media, em particular, os jornais estavam a reformular as suas estruturas de produção de conteúdos e a apostar num jornalismo de qualidade que aproxima os jornais dos seus leitores. 

Era, na verdade, difícil fundar um jornal num país como o nosso, em que poucas pessoas lêem jornais. 

Tudo tem a ver com o elevado nível de analfabetismo e de baixo nível de escolarização da nossa população. Mas, na verdade tínhamos a consciência que no contexto de turbulência interna e externa, o maior “inimigo” da afirmação da identidade de um jornal como O Democrata eram os seus profissionais: os jornalistas e os seus funcionários administrativos.

Ou seja, o verdadeiro adversário do progresso do jornal ODemocrata estava e está ainda hoje na alma, na atitude e no modo de pensar de cada um dos seus jornalistas e dos seus funcionários administrativos.

Por isso, nunca procuraram, externamente, o culpado pelas suasfraquezas e derrotas. Os profissionais de O Democrata foram capazes de, internamente, procurar soluções para superar as suas limitações. 

“Acreditamos que é na qualidade das capacidades dos nossos jornalistas e dos nossos funcionários que somos e seremos sempre capazes de responder aos desafios de produção de conteúdos de qualidade que aproximem O Democrata do seu público leitor em todo o território nacional. Tínhamos, por outro lado, a consciência da necessidade de conhecermos as condições dos três níveis (físico, semântico e sociocultural) do campo dos Media na Guiné-Bissau, para podermos consolidar as nossas infraestruturas de produção de conteúdos de qualidade para o consumo dos governados e não dos governantes na esfera pública nacional. 

O conhecimento destas três dimensões de campo dos Media ajudou bastante os nossos profissionais a promover mais conhecimento sobre as práticas do desenvolvimento do jornalismo e distinguir a linguagem jornalística das outras formas de Comunicação Social: Marketing, Publicidade, Relações Públicas e Propaganda política.

Os jornalistas de o Democrata procuram sempre, na produção das suas peças jornalísticas, compreender as causas e as consequências dos factos sociais objeto das suas publicações para poderem contribuir na crítica social que conduzam a reformas na esfera da administração pública na Guiné-Bissau. Todos os nossos jornalistas estão conscientes que o fundamento do jornalismo que praticam não pode depender dos “perdiem” que um governante ou um líder partidário lhes oferece, mas sim dos preceitos éticos, deontológicos e do interesse do público. 

No jornal o Democrata o que importa, em primeiro lugar, é osjornalistas saberem fornecer aos cidadãos governados a informação de que precisam para serem livres dos governantes e se autogovernarem na sua vida quotidiana na esfera pública nacional. Assim, todo o trabalho de produção de conteúdosnoticiosos de qualidade, começa imperativamente com o interesse dos próprios jornalistas que devem conhecer previamente muito bem todos os aspectos que envolvem os factos que interessam os cidadãos governados e não osgovernantes. 

Por outras palavras, para trabalhar como jornalista no jornal ODemocrata, é necessário e fundamental saber que é no processo de levantamento de dados que as ideias vão surgindo e o texto começa também a tomar a forma de notícia de interesse público.

Em suma, os jornalistas que trabalham no jornal o Democrata têm de conhecer melhor o assunto e o tempo real da colecta de informação para poderem produzir uma notícia que não possa criar embaraço na sua compreensão do nosso público leitor. 

Por isso, no O Democrata não há notícias produzidas sem referência, porque os nossos jornalistas trabalham sempre com dados propostos pela equipa do Gabinete Editorial e ratificadaspor todos os jornalistas em serviço na reunião da redação. Todos, os jornalistas que desconhecem este princípio básico da produção de conteúdos jornalísticos para consumo não poderão trabalhar no jornal O Democrata.

Foram todos estes procedimentos epistémicos e técnico-profissionais que levaram os leitores dos jornais na Guiné-Bissau a procurarem sempre os conteúdos noticiosos produzidos pelos jornalistas do jornal o Democrata. O que, em menos de uma década, colocou em 2020, o jornal o Democrata como o mais lido em todo território nacional. 

Pensamos que não é nenhuma surpresa, porque de facto,trouxemos para o nosso país uma nova imagem de produzir notícias na imprensa escrita. 

Não é menos verdade que é este novo procedimento epistémico e técnico-profissional de produção de notícias que nos garantiu uma aceitação do público leitor em todo o território nacional. O trabalho do inquérito agora feito pelo CESOP da Universidade Católica portuguesa sobre o uso e o consumo dos Media na Guiné-Bissau é, para nós, pura e simplesmente, o reconhecimento de um árduo trabalho de produção de conteúdo jornalístico que estamos a fazer quase há uma década. Um trabalho jornalístico que está cada vez mais a acabar com a distância cognitiva entre a sociedade civil e as elites políticos decisores das políticas públicas.

O Gabinete Editorial de O Democrata pede e exige dos seus jornalistas um olhar público sobre o discurso político e o confronto com os factos sociais para esclarecer o nosso público leitor. Os que evitam relatar um “Fake News” como um facto verdadeiro. Por isso, os jornalistas de O Democrata processam e escrutinam diariamente todos os dados e informações que produzem como conteúdo noticioso para o consumo do seu público leitor na esfera pública nacional. Tudo para evitar que haja na nossa sociedade política um espaço em que a mentira se confunda com a verdade. Ou seja, para os jornalistas de ODemocrata, os factos de interesse público têm grande importância na produção de uma notícia de qualidade para o consumo nesta Era da Convergência Mediática do jornalismo e das readações dos Media a nível mundial. 

Em suma, para os jornalistas de O Democrata, quanto menos rigoroso for o discurso da nossa sociedade política maior é a necessidade de verificar a informação, de confrontar os políticos com as suas mentiras e de resgatar os factos de modo a conduzir um debate público na esfera pública nacional. Para os jornalistas de O Democrata é hoje cada vez mais importante e necessário na imprensa escrita, explicar as notícias e cruzar diariamente os factos com os dados da investigação jornalística disponibilizam.

Felizmente, os nossos jornalistas estão atualmente conscientes da necessidade da implementação de um jornalismo de proximidade na Guiné-Bissau. 

Toda a força ativa da redação e da administração está disponível para abraçar os novos desafios que as Covergências Mediáticas dos Media colocam às estruturas das redações dos jornais actuais em todo o mundo. Todos os nossos jovens jornalistas têm e querem projetar O Democrata como um dos jornais com mais relevância e com mais sentido de responsabilidade na produção do conteúdo noticioso de qualidade para o consumo do público da Guiné-Bissau. Em suma, querem assegurar que as edições dos próximos anos continuarão a ter mais e melhor qualidade.

Portanto, não deverá ser estranho a ninguém que nos próximos anos o Democrata se mantenha na liderança como o jornal mais lido na Guiné-Bissau pela qualidade relativamente ao padrão nacional do conteúdo jornalístico.


Por: António Nhaga

Diretor-Geral

angloria.nhaga@gmail.com

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