O Sindicato dos Jornalistas e Técnicos de Comunicação Social (SINJOTECS) condenou com veemência, esta terça-feira, 02 de março de 2021, quaisquer exercícios políticos e sociais que contrariam valores democráticos, independentemente da sua proveniência.
A posição do sindicato foi tornada pública em um comunicado de imprensa lido pela Presidente de Sindicatos dos Jornalistas e Técnicos de Comunicação Social, Indira Correia Balda. A conferência de imprensa foi realizada na Casa dos Direitos em Bissau. A presidente do sindicato reagia assim às declarações do Presidente da República Úmaro Sissoco Embaló, quando fazia balanço do seu primeiro ano de mandato.
No comunicado, o SINJOTECS lamenta profundamente a “infeliz ” declaração do Presidente da República visando mais uma vez humilhar os jornalistas e célebres profissionais que conduziram o debate nas últimas eleições presidenciais entre os dois candidatos a segunda volta.
No comunicado, a classe jornalística lamenta ainda o fato de Chefe de Estado Úmaro Sissoco Embaló não ter sido capaz de dirigir satisfatoriamente o processo pós-eleitoral, atribuindo sistematicamente a culpa aos jornalistas moderadores do debate.
Perante esta situação, o Sindicato exorta o Presidente da República ao máximo respeito e consideração para com os jornalistas, em especial a Fátima Tchuma Camará e que deixe em paz o João Umpa Mendes.
“Queremos esclarecer ao Presidente da República que o seu papel é garantir a unidade nacional, não dividir a classe jornalística para reinar e relembrá-lo que os jornalistas não são seus adversários políticos e alertá-lo que a Guiné-Bissau é um país democrático cuja liberdade de imprensa e de expressão constituem pilares essenciais”, refere o comunicado.
Por outro lado, o SINJOTECS alerta os profissionais de comunicação social do país que o momento mais que nunca exige a comunhão para fazer face aos desafios que a natureza sociopolítica impõe e instar ao Presidente a promulgação da Lei de carteira profissional dos jornalistas, assim daria um valioso contributo para a organização da classe.
Para terminar, o SINJOTECS informou ao Presidente da República que não é sua missão atribuir ou retirar licenças de funcionamento aos Órgãos de Comunicação Social, mas sim ajudar a promoção do livre exercício jornalístico no país como regem os princípios de Estado de Direito Democrático. Essa organização da classe jornalística guineense manifestou também a sua vontade de cooperar com as autoridades nacionais na procura de melhores soluções para os desafios nacionais.
Por: Carolina Djemé Fotos: C.D
