O líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, chegou ao início da tarde desta sexta-feira, 12 de março de 2021, ao país onde esteve ausente durante um ano depois da sua derrota nas eleições presidenciais de 2019. No aeroporto, o líder do PAIGC afirmou na sua primeira e curta declaração aos jornalistas que é guineense e que se sente seguro na Guiné-Bissau.
Simões Pereira chegou de Lisboa, juntamente com a esposa Paula Pereira, mas não usufrui do salão VIP, na qualidade de deputado e do antigo-primeiro-ministro, por razões desconhecidas. Passou diretamente para a sala de desembarque, onde foi recebido num ambiente de festa pelos altos dirigentes do partido, designadamente: os vice-presidentes do partido, Maria Odete Semedo e Califa Seide, bem como pelo Secretário Permanente do PAIGC, Aly Hijazi, e vários outros dirigentes.
Simões Pereira deixou o aeroporto sob forte escolta de jovens do partido que não permitiu ninguém aproximar-se da sua viatura “V8” branca e nem sequer conseguiu saudar a população que, curiosamente, o aguardava no recinto do aeroporto.
POLÍCIA BLOQUEIA PASSAGEM DE VIATURAS NA ESTRADA
As forças de segurança interditaram a circulação de carros com uma das suas viaturas na estrada que dava acesso à saída do aeroporto para impedir a passagem das viaturas que queriam acompanhar a caravana do líder do PAIGC do aeroporto para a sede do partido, no centro da cidade.
Deputados, antigos membros do governo e altos dirigentes do PAIGC viram as suas viaturas bloqueadas à passagem, mas a força de segurança alegava na altura a questão de segurança.
Entretanto, mesmo com a forte presença da força de segurança, dezenas de jovens decidiram aguardar o líder do PAIGC nas bermas da estrada com cânticos “VIVA ESCOLA, HOMEM DO POVO e SALVADOR DA PÁTRIA”. A polícia usou gás lacrimogêneo para dispersar os jovens que insistentemente aguardavam Domingos Simões Pereira.
Por: Assana Sambú
Foto: A.S