A Polícia Judiciaria, através da brigada de roubo e burla, deteve na semana passada o chefe adjunto de operações da Polícia de Intervenção Rápida (PIR), Capitão Mussa Na M´Batcha e um militar influente dos Pára-Comandos, Mário Fanda, por suspeita de envolvimento na burla a um cidadão senegalês em mais de 30 milhões de francos cfa.

A PJ, de acordo com informações disponíveis, deteve ainda no quadro da mesma investigação de burla outras duas pessoas: um cidadão estrangeiro de nome Mohamed e um cidadão nacional identificado como Ancaru Cardoso. Estes dois homens são considerados como protagonistas do negócio que acabou na burla do cidadão senegalês de nome Suleimane.

O Democrata soube ainda que foi o cidadão estrangeiro Mohamed quem convidou Suleimane para a compra de mariscos no país. Já no país decidiram efectuar uma viagem a Quinhamel no passado dia 19 de dezembro “recuperar” os mariscos.

Quando já se encontravam em viagem, Suleimane, que se fazia acompanhar de Mohamed e de mais algumas pessoas, foram interceptados por um grupo de homens que se apresentaram como agentes da autoridade. Os homens estavam armados com espingardas AK-47. Fizeram uma revista ao grupo de Suleimane e descobriram que um dos indivíduos que fazia parte da equipa do senegalês transportava uma placa falsa de droga (cocaína). Esta descoberta valeu-lhes a acusação de tráfico de droga.
O senegalês e as pessoas que o acompanhavam foram detidos tendo-lhes sido retirado um montante em dinheiro, estimado em mais de 30 milhões de francos cfa. Segundo informações, faziam parte do grupo que se apresentou como agentes da autoridade o chefe adjunto de operações da PIR, o Capitão Mussa Na M´Batcha e outro agente da PIR, António. Fazia ainda parte do grupo um influente militar dos Pára-Comandos, Mário Fanda.

“O cidadão senegalês percebeu mais tarde que tudo era uma montagem do seu amigo Mohamed para lhe roubar dinheiro. Percebeu ainda que era uma armação porque foram detidos e levados para a esquadra e poucas horas depois foram libertados. Esta estranheza fez com que Suleimane apresentasse uma queixa à Polícia Judiciaria depois da sua soltura”, contou a nossa fonte.

O nosso jornal soube ainda que a Polícia Judiciária já apresentou os detidos à Procuradoria-Geral da República que legalizou a prisão preventiva dos mesmos.

 

Por: redação