O Porta-voz da comissão organizadora das marchas projetadas pela União Nacional dos Trabalhadores da Guiné – Central Sindical (UNTG-CS), Malam Homi Indjai, afirmou que o governo não está à altura de resolver todas as exigências da UNTG.
O sindicalista, que tem assumido ultimamente as rédeas de negociação da UNTG como o governo, acusou alguns membros do executivo de desobedecerem às ordens do primeiro-ministro, que terá ordenado a revogação de todos os despachos de “nomeações ilegais” produzidos por esses ministros.
A UNTG anunciou esta terça-feira, 13 de julho de 2021, que a partir do dia 14 do corrente mês vai dar início a manifestações pacíficas agendadas para comemorar o dia 3 de agosto, dia dos Mártires de Pindjiquiti, em todo o território nacional de forma ‘’ordeira”.
Segundo Indjai, o governo está incapacitado para cumprir as exigências da UNTG, por isso o país está a afundar-se.
“Muitas vezes quando o Conselho de Ministros decide uma coisa, alguns membros do governo fazem ao contrário ou simplesmente desobedecem as ordens. O ministro das finanças, João Alage Mamadú Fadia, afirmou publicamente que as dívidas públicas da Guiné-Bissau estão na ordem dos 79 por cento, o que é insustentável”, frisou.
Malam Homi Indjai disse que os funcionários públicos estão numa situação vulnerável e insuportável, por isso a UNTG vai exigir a partir de amanhã o fim das greves na função pública, a diminuição dos preços dos produtos da primeira necessidade no mercado e a revogação de todos os despachos de “nomeações ilegais” produzidos pelos ministros do atual governo, o pagamento de todas as dívidas que o governo contraiu com os funcionários públicos e o retorno da dignidade aos funcionários públicos.
O sindicalista convidou todos os funcionários públicos e toda a população para participarem na marcha pacífica de amanhã, que vai iniciar-se na sede da UNTG e terminará na Assembleia Nacional Popular (ANP).
“Convido a população em geral para refletir sobre a situação socioeconómica do nosso país”. Frisou que o primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabian, está interessado em acabar com todas as “nomeações ilegais” nos ministérios.
Por: Noemi Nhanguan
Foto: N.N